Autor: Lusa/AO Online
Na sessão de 05 de agosto, o juíz Lopes Barata acusou os advogados de terem naquele dia aberto "nova batalha jurídica" e previu que "não será possível à colega relatora do acórdão [a presidente do coletivo] proferir decisão dia 03 de setembro".
"Em cada audiência [os advogados] têm reiteradamente suscitado irregularidades e nulidades a que não assistimos em nenhum outro processo no país", ditou Lopes Barata para a ata da audiência.
O juiz referia-se a um requerimento da defesa do arguido Manuel Abrantes, ex-provedor adjunto da Casa Pia, que pretendeu a irregularidade da sessão de 05 de agosto, usada pelo coletivo para produção de prova, procurando assim antecipar a leitura do acórdão.
Ricardo Sá Fernandes, advogado de defesa do apresentador Carlos Cruz, disse à agência Lusa estar "preparado para a sentença no dia 03", afirmando acreditar que se procederá à leitura do acórdão, como está marcado.
O advogado, que se insurgiu em 05 de agosto contra o que considerou ser "uma ofensa" nas afirmações de Lopes Barata, escreveu na edição do Expresso da semana passada que a demora "não pode ser imputada aos advogados", é sim "apenas da responsabilidade do tribunal, que iniciou - vai para 20 meses - o seu processo".
Em tribunal respondem ainda por vários crimes sexuais contra menores casapianos o médico Ferreira Diniz, o embaixador Jorge Ritto, o advogado Hugo Marçal, o ex-motorista da Casa Pia Carlos Silvino e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais.