Autor: LUSA/AOnline
Pedro Passos Coelho disse, em Valpaços, esperar que no âmbito dos “cuidados de saúde primários, ao nível do ensino básico e secundário, ao nível das IPSS e da segurança social, haja progressivamente um envolvimento maior dos municípios e movimento associativo na forma como o Estado responde a estes problemas”.
Segundo o primeiro-ministro, “não é possível gerir bem uma rede nacional mais completa de respostas desta natureza de forma centralizada” e considerou não fazer sentido que seja o secretário de Estado da Saúde a discutir o horário de atendimento do centro de saúde, pedido hoje pelo autarca local.
“Isso faz sentido que seja discutido ao nível das câmaras municipais, das comunidades intermunicipais, porque é assim que nós conseguiremos gerir melhor os recursos que temos. Não é para que o Estado Central ou o Governo lave as suas mãos desses problemas”, salientou.
É porque, defendeu, onde os problemas são sentidos também “podem ser melhor resolvidos”.
“A única coisa que é preciso garantir é que isso também não sirva, esse movimento de descentralização, para aumentarmos a nossa despesa sem a certeza de que a podemos suportar na devida receita”, frisou.
Pedro Passos Coelho inaugurou hoje o lar residencial e o centro de atividades ocupacionais da Associação Portuguesa de Pais e Amigos dos Cidadão Deficiente Mental de Valpaços.
Estas duas valências, com capacidade para 12 e 33 pessoas, respetivamente, representaram um investimento de 1,5 milhões de euros e dão resposta a uma necessidade considerada “urgente” naquele concelho transmontano.
Aida Pereira, responsável pela APPACDM, referiu que as duas estruturas criaram 33 postos de trabalho.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, aproveitou para pedir ao primeiro-ministro para que o centro de saúde local possa manter a consulta aberta até às 24:00 - atualmente só funciona das 08:00 às 20:00 -, considerando tratar-se de uma necessidade sentida pela população.