Açoriano Oriental
Presidente do Santander Totta diz que "em princípio" não haverá despedimentos
O presidente da Comissão Executiva do banco Santander Totta afirmou hoje que "em princípio não haverá alterações" em relação à situação laboral dos trabalhadores do ex-Banif.
Presidente do Santander Totta diz que "em princípio" não haverá despedimentos

Autor: Lusa/AO Online

 

“Do ponto de vista das pessoas que trabalham connosco, em princípio não haverá alterações relativamente à sua situação laboral”, afirmou António Vieira Monteiro, após uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

Questionado sobre se a expressão “em princípio” pode significar que o Santander Totta não descarta a possibilidade de despedimentos, o presidente do banco respondeu: “Na vida nunca temos que ser 100% afirmativos em tudo”.

“O que direi é que, neste momento, não está encarada essa situação”, explicou.

O responsável reiterou que o Santander Totta, “embora sem estar obrigado, tomou a seu cargo o fundo de pensões do ex-Banif e que vai envolver também as pessoas que estavam nesse fundo de pensões que pertenciam ao Banco Comercial dos Açores”.

“Com esta minha afirmação, eu penso que se pode acalmar todas as pessoas que naturalmente e legitimamente tinham alguma preocupação quanto à sua situação”, declarou, no final do encontro, onde esteve, também, o vice-presidente do executivo açoriano, e no qual Vieira Monteiro se fez acompanhar dos administradores Pedro Castro Almeida e José Leite Maia.

A 27 de janeiro, em declarações aos jornalistas, Vieira Monteiro afirmou que quanto aos 1.100 funcionários que transitaram do Banif para o Santander Totta, "haverá saídas normais (por reforma) e há pessoas que vão ser utilizadas noutras áreas do banco".

"Poucos dias depois de termos entrado no banco estendemos ao Banif os aumentos de ordenados que tinham sido feitos no Totta", avançou na ocasião, revelando que o Santander Totta vai assumir o fundo de pensões dos empregados afetos ao Banif, num total de 2.500 pessoas, e cujo valor anda entre os 150 milhões de euros e os 200 milhões de euros.

"Embora estivesse numa zona cinzenta, entendemos que devíamos assumir o fundo de pensões de todos os empregados afetos ao Banif. Fomos além do que aquilo que estávamos obrigados", declarou.

Em dezembro, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos - incluindo ‘tóxicos' - para a nova sociedade veículo Oitante.

A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, a que se somam duas garantias bancárias do Estado, no total de 746 milhões de euros.

O Banif (em processo de reestruturação desde 2012) era o sétimo maior grupo bancário português e líder de mercado nos Açores e na Madeira.

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