Açoriano Oriental
Presidente do parlamento regional defende consensos internos
A presidente do parlamento dos Açores, Ana Luís, defendeu hoje a necessidade de "consensos internos" para ultrapassar as situações difíceis que enfrentam alguns açorianos e considerou que os responsáveis políticos devem cultivar o respeito.
Presidente do parlamento regional defende consensos internos

Autor: Lusa / AO online

 

"Precisamos de estabelecer os consensos internos necessários para que não nos desviemos daquilo que é verdadeiramente importante, perceber as reais necessidades das nossas ilhas e pugnar para ultrapassar as situações difíceis por que ainda passam alguns açorianos", afirmou Ana Luís.

A presidente da Assembleia Legislativa Regional discursava na sessão solene do Dia da Região, na sede do parlamento açoriano, na Horta, ilha do Faial, presidida pelo chefe de Estado no âmbito da visita que está a efetuar ao arquipélago.

Antes, salientou que os responsáveis políticos devem "cultivar o respeito individual e institucional", sem prejuízo das diferenças ideológicas, e "contribuir para a unidade" das nove ilhas.

Dirigindo-se ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Luís considerou que a sua presença "tem um enorme significado, pois congrega em si o reconhecimento das autonomias regionais e a sua importância para o todo nacional".

"Nestes 40 anos de consagração constitucional da autonomia político-administrativa das regiões insulares, as mais-valias para o todo nacional são inquestionáveis, para o qual muito contribuiu o estreitamento de laços e o aprofundamento do conhecimento, por parte da República, das idiossincrasias das regiões autónomas", referiu.

Ainda a propósito de autonomia, Ana Luís adiantou que a criação da Comissão Eventual para a Reforma da Autonomia e a realização de um estudo sobre a abstenção nos Açores "são bons exemplos de ações que visam, de forma transparente e fundamentada, detetar causas para encontrar soluções" que "contribuam para o estabelecimento de pontes de diálogo entre eleitos e eleitores".

A presidente do parlamento regional salientou ainda que o processo autonómico "não é estanque".

"É nesse sentido que reunir com diversas entidades, ouvir os que outrora tiveram responsabilidades políticas, receber contributos dos cidadãos açorianos, no fundo aqueles a quem se destina o objeto do nosso trabalho, estudar e aprofundar as nossas competências, mais do que uma necessidade, é uma obrigação que se impõe se queremos continuar a desenvolver políticas com vista ao crescimento harmonioso da nossa região, à consolidação financeira das nossas empresas e à melhoria das condições de vida das nossas famílias", sustentou.

No discurso, Ana Luís destacou, igualmente, a posição estratégica dos Açores, "apesar de ultraperiférica".

"Apesar da perfeita consciência e reconhecimento da nossa pequena expressão territorial [os Açores são 2,5% do território nacional], hoje estamos inseridos numa sociedade cada vez mais global, somos participantes ativos nos fóruns de debate e decisão e reivindicativos da nossa posição estratégica", adiantou.

Segundo a presidente da assembleia é a condição insular, "refletindo a riqueza deste mar", que confere a "posição geoestratégica que a Região Autónoma do Açores assume para a portugalidade e para o mundo".

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