Açoriano Oriental
Presidente do Parlamento açoriano diz ser tempo de restabelecer confiança entre eleitos e eleitores
A presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Luís, disse hoje que este é o tempo para se restabelecerem os laços de confiança e respeito entre eleitos e eleitores.
Presidente do Parlamento açoriano diz ser tempo de restabelecer confiança entre eleitos e eleitores

Autor: LUSA/AO Online

“Não descuidando as nossas competências legislativas e institucionais, este é também o tempo para, em conjunto com os nossos concidadãos, percebermos o que falhou pelo caminho, onde é que a comunicação foi enviesada e restabelecermos os laços que devem basear uma relação de confiança e respeito entre eleitos e eleitores”, afirmou Ana Luís. A presidente do parlamento dos Açores discursava na sessão solene do Dia da Região, feriado no arquipélago, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel. No discurso, Ana Luís apontou a alteração à Lei Eleitoral para os Açores em 2006, “marco histórico” na autonomia que “veio dar expressão política à unidade regional, sem, no entanto, descurar a importância de cada uma das ilhas”, e tornou “imperioso a adaptação regimental, e até física, a um novo quadro parlamentar”. A Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa dos Açores, aprovada em julho de 2006 na Assembleia da República, criou um círculo eleitoral de compensação, com cinco deputados, além dos nove círculos que já existiam (um por cada ilha), passando os deputados de 52 para 57, número eleito pela primeira vez nas regionais de 2008. “Quase oito anos volvidos é tempo de limar as arestas e de, em comunhão de esforços, sentarmo-nos à mesma mesa, respeitando as diferenças e elevando as similitudes, para, em nome do desenvolvimento da nossa região e daquilo que pretendemos da e para a nossa autonomia, definirmos o caminho a seguir”, afirmou Ana Luís. Ainda sobre a autonomia constitucional, cujos 40 anos se assinalam no decurso de 2016, Ana Luís declarou que “as incitações de hoje são diferentes, mas não menos desafiantes”. Os órgãos de governo próprio da região, parlamento e executivo, sublinhou, “deverão proceder a sua ação na coesão regional”, nas condições de vida da população e na gestão do território, “pugnando pelo bem-estar social e promovendo a sustentabilidade” do arquipélago. “Hoje, a noção de autonomia deve imperar sobre algumas visões que tardam em aceitar as nossas pretensões autonomistas, porque os Açores não só conferem dimensão territorial e estratégica ao país, como a nossa história de superações, de um povo moldado pela força e resistência, é uma mais-valia para Portugal”, sustentou a presidente do parlamento regional. Para Ana Luís, a participação dos Açores “na coesão nacional é uma realidade que deverá ser assumida por todos” para que a voz da região “se junte a tantas outras vozes, na defesa de um país que ganha, e não perde, com as suas periferias”. Na sessão solene do Dia dos Açores foram condecoradas 26 personalidades (seis das quais a título póstumo) e 12 instituições. Entre as personalidades estão o antigo primeiro-ministro António Guterres (que se fez representar pelo ex-presidente do Governo dos Açores Carlos César), o bispo emérito de Angra, António de Sousa Braga, o embaixador Nuno Brito e o jogador do Benfica Eliseu (insígnia recebida pela mãe). O antigo presidente da Câmara de Ponta Delgada Mário Machado (a título póstumo), o ex-bastonário da Ordem dos Médicos Germano de Sousa e o monsenhor José Avelino Bettencourt, chefe de protocolo da Secretaria de Estado do Vaticano, estão também entre as figuras distinguidas. Os organismos regionais do Instituto de Apoio à Criança e do Corpo Nacional de Escutas, a Antena 1 Açores e várias Casas dos Açores em Portugal continental foram algumas das instituições agraciadas neste dia.

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