Açoriano Oriental
Presidente da União de Misericórdias apela ao trabalho conjunto para dar resposta ao envelhecimento
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, defendeu hoje que as Misericórdias devem trabalhar cada vez mais em conjunto com as autarquias, de forma a aproveitar os recursos das comunidades para resolução do problema do envelhecimento.
Presidente da União de Misericórdias apela ao trabalho conjunto para dar resposta ao envelhecimento

Autor: Lusa / AO online

 

"Penso que, cada vez mais, as misericórdias têm de trabalhar em conjunto com as autarquias, de forma a aproveitar os bons recursos que temos nas comunidades. Não devemos fazer cada um para seu lado, mas juntarmos quem se queira juntar a nós, para resolvermos um problema complexo da nossa sociedade que é o problema do envelhecimento", sustentou.

Durante uma sessão evocativa do 40.º aniversário da União das Misericórdias Portuguesas, que decorreu em Viseu, Manuel de Lemos anunciou que irão lançar um programa para as comunidades amigas das pessoas idosas.

"Temos um problema grave na sociedade portuguesa, que é o problema dos idosos, do envelhecimento no seu conjunto, e a União de Misericórdias vai desenvolver um projeto para desafiarmos as Misericórdias, em parceria com as autarquias, a criarmos aquilo que pode ser um galardão atribuído pela União de Misericórdias às comunidades amigas das pessoas idosas", avançou.

Ao longo do seu discurso, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas sublinhou ainda que, no próximo dia 06 de dezembro, será lançado um cartão de saúde para os portugueses.

"Temos a consciência de que a saúde é cada vez mais importante para as pessoas. As misericórdias têm hoje em dia uma rede já muito significativa de proteção de cuidados de saúde e vamos alargá-la", justificou.

De acordo com Manuel de Lemos, para alargar esta rede as Misericórdias vão procurar o apoio do setor privado, no entanto, onde não houver esse setor privado irão "fazer sozinhos".

"E vamos fazer isso sempre em nome de uma ideia nova, de crescimento global e de afirmação global", acrescentou.

O responsável pelas Misericórdias aproveitou ainda para realçar o papel do padre Vítor Melícias, que vê como tendo sido "o salvador das Misericórdias".

"Se o doutor Virgílio Lopes foi o fundador das Misericórdias, o salvador das misericórdias foi o padre Vítor Melícias, que afirmou de maneira inequívoca a nossa identidade e natureza", destacou.

Sobre o futuro das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos disse ainda que estas são instituições com muito futuro, mas para isso precisam de seguir uma estratégia.

"Uma estratégia de modernidade, de inovação, de nunca estarmos satisfeitos com o que temos e atuarmos em grupo. Temos de ter rigor, ser competentes, ter informação e passar essa informação para a União de Misericórdias, para ela poder representar aos provedores de uma maneira diferente e sobretudo termos capacidade de inovar", concluiu.

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