Açoriano Oriental
Presidente da SATA diz que foi a PWC que fez relatório de análise trimestral do plano de negócios
O presidente da SATA afirmou hoje que o relatório trimestral de acompanhamento da execução do plano de negócios 2015/2020 da transportadora aérea existe e foi feito pela Price Waterhouse Cooper
Presidente da SATA diz que foi a PWC que fez relatório de análise trimestral do plano de negócios

Autor: Lusa/AO Online

“Esse documento foi feito pela PWC (Price Waterhouse Cooper’s), com dados fornecidos pela SATA. Ainda que não seja um documento assinado pela Price, mas foi produzido integralmente pela Price”, afirmou Luís Parreirão na comissão de inquérito do parlamento dos Açores ao Grupo SATA, que havia sido suspensa na segunda-feira depois da apresentação de um conjunto de documentação por parte do presidente da transportadora aérea açoriana.

Quer na primeira audição, realizada em maio passado, quer na segunda-feira de manhã, o presidente da PWC, António Correia, afirmou que a SATA não pediu à consultora relatórios trimestrais de acompanhamento da execução do plano de negócios, feito pelo conselho de administração da SATA, tendo a PWC sido apenas consultada sobre a forma de o elaborar e não chamada a validar os dados e estimativas que contém.

Aos deputados, Luís Parreirão explicou que, para a administração da SATA, a assessoria ao controlo orçamental trimestral e o relatório de análise, desvio entre o executado e o previsto, “consomem-se um no outro”, pelo que a SATA optou por “ter apenas um documento” que compreenda os memorandos de enquadramento do desempenho económico e operacional do primeiro trimestre e primeiro semestre de 2015, entregues à comissão na segunda-feira.

“Verdadeiramente, o que é mais relevante não será a designação dos documentos, mas a materialidade dos documentos entregues”, referiu Luís Parreirão, que se mostrou disponível para fazer chegar mais informação à comissão, perante às críticas dos partidos da oposição, que alegaram que os documentos entregues não são relatórios trimestrais de acompanhamento do plano de negócios.

Luís Parreirão precisou que os serviços da PWC foram contratados pela SATA em várias ocasiões, nomeadamente em 2014, para a auditoria e plano de negócios, bem como em 2015 para elaboração de dois relatórios, que decorrem de solicitações feitas por entidades financeiras.

“O relatório não tem como objeto a execução durante 2015 do plano de negócios, nem como objeto validar ou não aquilo que é assumido no plano de negócios para o futuro. É um documento para entregar as entidades financiadoras por forma a que com base nesse documento possam financiar a SATA. O que acompanha e evidencia a evolução da empresa no 1.º e 2.º trimestre deste ano é o documento designado como memorando e que foi ele também elaborado pela PWC”, sustentou Luís Parreirão.

O presidente da SATA disse ainda que, “quando uma empresa contrata uma assessoria, é razoável esperar que não passe a ser a assessoria a mandar na empresa”, acrescentando que “estão produzidos relatórios de acompanhamento” tal como foram entregue e que “a SATA não entendeu que tivesse de consumir mais recursos na produção de documentos, que não se justificavam”.

“A PWC é uma empresa internacional, não serei eu a questionar a qualidade técnica dos trabalhos produzidos”, afirmou Luís Parreirão, reconhecendo, contudo, que os trabalhos que a Price tem feito para a SATA "satisfazem as preocupações e objetivos”.

 

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