Autor: Lusa/Açoriano Oriental
É a primeira vez que o prémio - equivalente ao Nobel, pela importância nesta área - é entregue a três arquitetos em simultâneo, de acordo com a organização do galardão, criado em 1979, para prestar homenagem ao trabalho de um arquiteto vivo.
Trata-se da segunda vez que arquitetos espanhóis são galardoados, vinte anos após Rafael Moneo, em 1996.
Rafael Aranda, de 55 anos, Carmen Pigem, de 54 anos, e Ramon Vialta, de 56, fundaram o seu ateliê em 1988, em Olot, cidade de origem, situada junto à fronteira com França, e trabalharam essencialmente em projetos naquele país, em Espanha e na Bélgica.
Entre as suas criações mais marcantes estão o museu Soulages, em Rodez, com placas exteriores em aço que se oxidaram para dar uma cor avermelhada ao conjunto arquitetónico, bem como a mediateca Waalse Krook de Gent, na Bélgica.
Entre as suas construções estão edificados muito variados, como piscinas, instalações desportivas, restaurantes, escritórios e universidades.
O júri justificou a escolha desta forma: "Nós vivemos num mundo globalizado, onde devemos apoiar-nos em influências internacionais, trocas comerciais e discussões. Mas cada vez mais pessoas têm medo destas influências, da perda de valores locais, da arte e dos costumes".
Para Tom Pritzker, filho do fundador do prémio, citado no comunicado a anunciar os vencedores, os três arquitetos "tiveram um impacto na sua disciplina muito além das criações imediatas".
"O seu trabalho mostra um compromisso com o lugar e a sua história para criar espaços de diálogo com o contexto", acrescentou.
O prémio, no valor de cem mil euros, será entregue numa cerimónia em Tóquio, em 20 de maio.
Álvaro Siza Vieira (1992) e Eduardo Souto de Moura (2011) são os arquitetos portugueses já distinguidos com um Pritzker.
No ano passado, o Prémio Pritzker distinguiu o arquiteto chileno Alejandro Aravena, curador da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016.