Açoriano Oriental
Preços reduzidos atraem clientes a feira especial de Natal, nos Açores
A poucos dias do Natal várias pessoas procuram hoje os últimos presentes a preços reduzidos numa feira ao ar livre, que decorre em Ponta Delgada, nos Açores, onde é possível encontrar desde roupa, bijuteria, brinquedos, plantas ou ferramentas.
Preços reduzidos atraem clientes a feira especial de Natal, nos Açores

Autor: AOnline/LUSA

“O melhor negócio da minha vida nesta feira foi quando comprei um creme verdadeiro de rosto por 20 euros, que custava 200 euros se fosse comprado numa perfumaria”, afirmou Isabel Antunes à Lusa, acrescentando que frequenta há dois anos esta feira “pelo convívio, mas também pelos bons preços dos produtos à venda”.

A Feira das Traquitanas, que decorre no Relvão em Ponta Delgada começou em 2007 e desde então tem atraído um número crescente de feirantes e clientes de várias idades, todos os primeiros domingos de cada mês, realizando no Natal uma edição especial com preços a partir dos 20 e 50 cêntimos.

Isabel Antunes, que se intitula a rainha da feira pelos “bons negócios”, referiu que hoje vem especificamente à procura dos últimos presentes para oferecer no Natal, mas não resistiu a comprar para si um casaco de pele por dois euros, acrescentando um dos amigos que a acompanhava que também já comprou um perfume de homem por dois euros, que custava 60.

Também o casal Rosa e António Medeiros acordaram mais cedo para vir à procura dos últimos presentes de natal, até porque “o dinheiro não é muito e aqui conseguimos encontrar mimos para toda a família sem gastar o que não temos”, revelando que nos sacos que têm nas mãos trazem jogos e roupa para a filha.

Com organização da junta de freguesia de São Pedro em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, a feira especial de Natal, que funciona entre as 8:00 e as 17:00 (mais uma hora em Lisboa), visa promover o comércio de produtos a baixo custo, numa época do ano em que tradicionalmente o consumo é mais elevado.

O presidente da junta de freguesia de São Pedro, José Manuel Leal adiantou à Lusa que como forma de presentear os mais de cem feirantes decidiu aplicar um desconto de 50% na taxa habitualmente cobrada, pelo que hoje em vez de cinco euros os feirantes vão pagar cada um apenas dois euros e meio pela banca e quem ficar no chão em vez de três euros pagará apenas um euro e meio.

José Manuel Leal explicou que a receita obtida com a taxa destina-se a suportar despesas próprias da montagem e desmontagem das bancas, limpeza e segurança do espaço ao ar livre onde decorre esta feira, que “atrai cada vez mais gente de toda a ilha, de várias idades e condições sociais”.

Pela segunda vez Sofia Fonseca trouxe para vender na feira, que hoje tem música de Natal para criar ambiente, alguma roupa, livros e calçado que tinha em casa a “fazer monte”, praticando “preços negociáveis”, porque “o importante é fazer algum”.

Já Fábio Sousa começou há um ano a vender mais a mulher objetos que tinha a mais em casa, mas presentemente também vende na feira das traquitanas peças entregues por familiares e amigos.

“A feira de Natal costuma ser boa, se o tempo ajuda, assim como a feira no início do verão”, disse Fábio Sousa, que está hoje a vender roupa, bijuteria, entre outras peças.

Uma máquina registradora e um lavatório com torneiras são as peças mais emblemáticas da banca de Luís Paiva, que habitualmente é procurado pelas ferramentas que têm à venda.

“Há feiras melhores do que outras, mas sempre se vende”, confessou o vendedor, que começou por brincadeira a vender na alameda do Relvão, em Ponta Delgada.

Na ilha do Pico a Câmara Municipal de São Roque do Pico também promove hoje um mercado de trocas e baldrocas, no edifício da PT, uma iniciativa que conta com música de Natal, a presença do pai Natal e 40 feirantes.

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