Açoriano Oriental
Praxe solidária leva caloiros da Católica a apanhar batata em campos da Golegã
Centena e meia de alunos da Católica Lisbon School of Business & Economics passaram a tarde de hoje a apanhar batatas em campos da Golegã, na oitava edição do Dia Solidário, uma alternativa à praxe tradicional.

Autor: Lusa/AO Online

Ana Canhoto, professora da Católica-Lisbon e responsável pelo Dia Solidário, disse à agência Lusa que desde 2015 a iniciativa passou a incluir uma ação de voluntariado no âmbito do projeto Restolho, dinamizado desde 2013 pela União Agrícola do Norte do Vale do Tejo (Agrotejo) e pelo entreposto comercial Agromais, visando aproveitar os produtos que ficam nos campos por terem calibre inadequado ou pequenos defeitos.

“É uma experiência muito interessante em todas as dimensões. Permite que os alunos, na sua maior parte caloiros, se divirtam, se conheçam uns aos outros, criem relações de amizade e de cumplicidade e, já agora, que daí resulte algo bom para a sociedade e que aguce o gosto pelo voluntariado”, afirmou.

Para Ana Canhoto, esta pode ser uma de várias formas alternativas às tradicionais praxes, inserindo-se o Dia Solidário nas preocupações da Católica de formação dos seus alunos também na dimensão humana e solidária.

A iniciativa acontece no Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar e junta-se ao projeto educativo e social “Pensa.Come”, da Católica-Lisbon.

O projeto Restolho - https://www.restolho.org/ - decorre sob o lema “uma segunda colheita para que nada se perca”, tendo como parceiros a Federação dos Bancos Alimentares e a Entrajuda.

A batata colhida hoje pelos alunos da Católica vai ser entregue ao Banco Alimentar de Abrantes, tendo a iniciativa realizada o ano passado permitido a recolha de quatro toneladas de batata que tiveram como destinatário o Banco Alimentar de Santarém.

“Os alunos estão cansados, sujos - quando virem apanhar batatas já sabem como custa -, mas sentem-se bem. Vão lembrar-se para a vida”, afirmou.

Estima-se que cerca de um milhão de toneladas de alimentos vão para o lixo em Portugal em cada ano (cerca de 17% do que é produzido).

O projeto Restolho começou por conquistar a adesão de empresas que aproveitavam a ação para iniciativas de ‘team bulding’ (construção de equipas), tendo progressivamente vindo a ser procurada por grupos, incluindo de escolas de vários níveis de ensino.

As inscrições podem ser feitas ‘online’, clicando em “envolvimento” no ‘site’ do projeto, decorrendo ações ao longo de todo o ano.

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