Açoriano Oriental
PPM propõe aliança pré-eleitoral ao PSD e ao CDS nas legislativas de 2015
O líder do PPM, Paulo Estevão, defendeu a criação de uma coligação pré-eleitoral que junte monárquicos, PSD e CDS nas eleições legislativas nacionais de 2015, para evitar que o PS chegue ao poder.
PPM propõe aliança pré-eleitoral ao PSD e ao CDS nas legislativas de 2015

Autor: Lusa/AO online

 

O dirigente monárquico, que falava em conferência de imprensa, na cidade da Horta, nos Açores, entende que é necessário uma nova Aliança Democrática (AD), semelhante à que governou o país entre 1979 e 1983, juntando as três forças políticas.

"O PPM considera que estamos a viver novamente circunstâncias dramáticas para o país. Circunstâncias que exigem um grande esforço de convergência entre as três tradicionais forças políticas de centro-direita do espetro político português", sublinhou Paulo Estevão.

O dirigente monárquico justifica a necessidade de uma nova coligação com a "forte possibilidade" de o PS poder voltar ao poder, na sequência das políticas de austeridade adotadas pelo Governo de Passos Coelho, que considera terem sido necessárias para "resgatar" Portugal da crise financeira deixada pelos socialistas.

"Existe uma forte possibilidade de o Partido Socialista regressar ao poder numa situação que o tornará refém de forças populistas, como o PDR de Marinho Pinto, e de um ou mais pequenos partidos de extrema-esquerda que ocuparão o espaço parlamentar de um BE em desagregação", advertiu.

Para evitar um novo clima de instabilidade política e económica no país, o PPM entende que é "imprescindível" unificar todo o espaço “de centro-direita” numa coligação pré-eleitoral, embora os monárquicos façam depender um eventual acordo da alteração das políticas orçamentais do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas.

"É necessário reduzir, de forma gradual, a enorme carga fiscal e priorizar políticas centradas no esforço de crescimento económico e no combate ao desemprego", sustentou Paulo Estevão, que entende ser também prioritário "renegociar a dívida externa".

No seu entender, "não é possível libertar verbas significativas para o investimento e para a defesa do estado social enquanto os encargos com a dívida continuarem a ter uma "dimensão tão esmagadora".

Paulo Estevão garante que os monárquicos estão "preparados" para ir a sozinhos a votos, se o PSD e o CDS não quiserem ressuscitar a AD, mas entende que só unidos é que os três partidos poderão ganhar as eleições legislativas nacionais.

"Estamos preparados para concorrer sozinhos, mas temos a absoluta convicção de que o PS e os seus satélites populistas e de extrema-esquerda ganharão as eleições se o espaço histórico da AD não tiver capacidade para unir esforços em listas conjuntas", vaticinou o dirigente do PPM, que é deputado no parlamento dos Açores.

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