Açoriano Oriental
"Portugueses vão reconhecer mérito do trabalho feito" pelo Governo
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional disse em entrevista à Lusa estar "convencido que os portugueses vão reconhecer o mérito" do trabalho realizado por este Governo nas eleições, mas escusou-se a fazer previsões dos resultados.

Autor: Lusa/AO Online

 

"Estou convencido que os portugueses vão reconhecer o mérito do trabalho que foi feito" nas próximas eleições afirmou Miguel Poiares Maduro, apontando que "há uma escolha clara entre dois modelos de desenvolvimento económico e social".

A escolha divide-se entre um modelo que, "mesmo quando permitiu ao país crescer, o país cresceu assente na procura interna e no endividamento e, portanto, gerou desequilíbrios externos que nos levaram a pedir três vezes auxílio financeiro internacional em democracia", disse.

O outro, "é aquele modelo que temos vindo a criar, que assenta numa economia que seja internacionalmente competitiva e que, portanto, fornece as condições para podermos crescer com sustentabilidade", acrescentou.

"Essa é a primeira escolha. E a segunda é entre duas formas muito diferentes de governar, que acho que se tornaram claras para os portugueses, entre aquilo que foi sobretudo a governação do engenheiro Sócrates, e a forma de governar que nós adotámos, que é uma forma de governar que estabelece fronteiras muito claras entre aquilo que é a esfera do Governo, da política, da economia da sociedade", apontou.

"Essa diferente forma do exercício do poder político e essa diferente forma de governar penso que é algo que os portugueses também vão reconhecer e, portanto, sendo tão clara a escolha estou confiante na decisão que os portugueses irão tomar e que irão reconhecer o mérito de quem governou num período tão difícil para o país", afirmou.

No entanto, "essa decisão compete aos portugueses e, naturalmente, eu respeitarei sempre qualquer que seja a vontade dos portugueses".

Questionado sobre se os portugueses compreenderam as razões das medidas de austeridade que foram aplicadas, Miguel Poiares Maduro reconheceu que "é sempre difícil às pessoas aceitarem sacrifícios tão fortes como aqueles que tiveram de fazer".

No entanto, "acho que, na sua generalidade, os portugueses entenderam que esses sacrifícios eram necessários", disse, sublinhando que "o que é fundamental é dar sentido" aos mesmos.

"Nós não apenas saímos daquela que é a mais grave crise que tivemos da nossa história democrática, como estamos agora a começar a recuperar economicamente e é esse dar sentido a esses sacrifícios que acho que ajuda também os portugueses a compreender a sua necessidade e das medidas duras que tiveram de ser adotadas", disse.

"Se os portugueses não tivessem tido a paciência que tiveram, se os portugueses não tivessem assumido, num certo sentido, a propriedade e a necessidade deste programa de ajustamento que fizemos, o país nunca teria conseguido reconquistar a confiança internacional que é fundamental para estarmos nesta viragem económica", sublinhou.

Sobre se o PSD e o CDS-PP se apresentarão em coligação nas próximas eleições, o ministro sublinhou que "essa é uma decisão para os partidos políticos da maioria",.

"No tempo próprio, no PSD, pronunciar-me-ei e darei a minha opinião", concluiu.

Sobre se há confiança nos ministros do CDS-PP, Poiares Maduro garantiu que sempre teve "uma ótima relação com todos" os membros do Governo, independentemente da sua filiação partidária, sublinhando que a sua posição é genuína.

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