O estudo, apresentado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, em Lisboa, serviu de ponto de partida para um debate dedicado ao tema “À Procura da Liberdade”, inserido no terceiro encontro “Presente no Futuro”.

De acordo com os dados divulgados, Portugal é o 29º país com maior acesso a conteúdos digitais, sendo que o comércio eletrónico já representa um quarto da riqueza produzida.

A análise, feita com base em valores do World Economic Forum, adianta que a utilização da Internet tem vindo a aumentar em Portugal, tendo-se verificado uma taxa de crescimento de 33,5% entre 2009 e 2013.

O ranking de acesso à Internet mostra uma média mundial de 4,9 (1 é dado quando a net não é acessível e 7 é dado quando é amplamente acessível), mas Portugal apresenta um valor muito superior: seis. No entanto, fica atrás de países como a Estónia (em 11º lugar), Malta (em 19º) ou a Lituânia (em 24º).

Apesar do acesso ser mais fácil em Portugal do que na maioria dos países, existe “uma menor capacidade de tirar partido das novas possibilidades que o digital apresenta”, destaca a empresa de consultoria Accenture, citada no estudo como parceira do encontro.

“Apesar das aceitáveis infraestruturas básicas de telecomunicações, em Portugal colocam-se questões de acessibilidade e capacidades”, refere a mesma empresa, explicando que “em Portugal o acesso à Internet é mais caro do que, por exemplo na Lituânia, e no que diz respeito às capacidades, o sistema de inovação e a qualidade do sistema educativo são questões que se colocam”.