Açoriano Oriental
Crise financeira
Portugal vai emprestar à Grécia 2 064 milhões de euros
Portugal irá emprestar à Grécia 2 064 milhões de euros de um total de 80 mil milhões do pacote de apoio que os países da Zona Euro aprovaram hoje em Bruxelas, anunciou o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.
Portugal vai emprestar à Grécia 2 064 milhões de euros

Autor: Lusa/AO online

"A parte portuguesa corresponde a cerca de 2 064 milhões de euros equivalente à nossa participação no BCE", disse Teixeira dos Santos no final de uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças da Zona Euro para aprovar o mecanismo de apoio à Grécia. O responsável governamental português sublinhou que "não há riscos de Portugal perder dinheiro" com esta operação que não foi desenhada para "ganhar dinheiro" mas sim para "dar estabilidade à moeda única". “Nós concerteza que teremos de assumir este compromisso e temos que o respeitar. O que está em causa não é propriamente a Grécia, é a moeda única, é a nossa moeda que é o Euro”, disse o ministro das Finanças. O montante global do plano de apoio financeiro à Grécia nos próximos três anos situa-se nos 110 mil milhões de euros, sendo os países da Zona Euro responsáveis por 80 mil milhões desse montante e o FMI pelos restantes 30 mil milhões. Teixeira dos Santos também sublinhou a importância da mensagem dos ministros para sossegar os mercados e recordou que, no caso de Portugal, tudo será feito para que o país não seja alvo dos mesmos problemas da Grécia. “Nós tudo faremos para que o nosso programa [de estabilidade e crescimento] não falhe, para que os nossos objetivos sejam cumpridos”, disse o ministro. Teixeira dos Santos referiu que esta semana serão levadas à Assembleia da República, para aprovação, várias medidas previstas no PEC português e que a ajuda à Grécia também será debatida sexta feira no parlamento português. Os ministros das Finanças concordaram em acionar o mecanismo de apoio à Grécia depois de a Grécia ter anunciado esta manhã o plano de austeridade que vai servir de contrapartida à ajuda da União Europeia e do Fundo monetário Internacional (FMI). O plano prevê reduzir o défice das contas públicas para menos de três por cento do PIB até ao fim de 2014, para o que vão ser tomadas medidas que permitirão poupanças de 30 mil milhões de euros (11 por cento do PIB) até ao fim de 2012. Estas poupanças juntam-se aos 4,8 mil milhões já anunciados para 2010. Com um défice atual de 13,7 por cento, o governo grego espera reduzi-lo para os 8 por cento já em 2010, 7,6 por cento em 2011, 6,5 por cento em 2012, 4,9 por cento em 2013 e 2,6 por cento em 2014.  Entre as medidas de austeridade já anunciadas contam-se a supressão dos 13.º e 14.º mês dos salários dos funcionários públicos e das pensões de reforma, a subida da taxa máxima do imposto sobre valor acrescentado (IVA) de 21 para 23 por cento e dos impostos sobre o álcool e o tabaco em 10 por cento, assim como o congelamento das contratações na função pública.

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