Açoriano Oriental
Portugal registou poupança financeira no ano terminado em setembro de 2016
A economia portuguesa gerou poupança financeira no ano terminado em setembro de 2016, mantendo assim a tendência registada desde o final de 2012, divulgou o Banco de Portugal (BdP).
Portugal registou poupança financeira no ano terminado em setembro de 2016

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

A poupança financeira foi conseguida graças tanto à poupança financeira das famílias como das empresas.

“Esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das administrações públicas”, afirmou o banco central nas estatísticas hoje conhecidas das contas trimestrais financeiras.

Apesar da poupança financeira, no terceiro trimestre de 2016, a economia portuguesa continuou a apresentar um património financeiro negativo, ainda que apresentando algumas melhorias.

Isto significa que os agentes económicos da economia portuguesa não geram, em termos de ‘stocks’, poupanças suficientes para superarem as suas necessidades financeiras.

Já nos últimos 20 anos terminados em 2015, Portugal viu deteriorado o património financeiro da economia, devido ao valor negativo do património financeiro das empresas (com mais passivos do que ativos) e das administrações públicas, com elevada dívida pública.

Já as famílias tinham uma situação melhor (devido aos depósitos e investimentos em títulos de dívida), mas insuficiente para compensar os dados negativos dos outros setores.

Em média, na zona euro, o setor dos particulares registou nas últimas duas décadas riqueza financeira líquida que compensou o endividamento das sociedades (financeiras e não financeiras) e das administrações públicas. Já em Portugal, os particulares não têm capacidade de financiar os outros setores, pelo que é o 'resto do mundo' que supre essas necessidades de financiamento.

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