Açoriano Oriental
Euro2008
Portugal perde na despedida do Grupo A com Suíça

Portugal perdeu esta noite frente à co-anfitriã Suíça, por 2-0, na terceira jornada do Grupo A do Euro2008 de futebol

Portugal perde na despedida do Grupo A com Suíça

Autor: Lusa/AO
A selecção portuguesa de futebol despediu-se hoje da primeira fase do Euro2008 com um desaire por 2-0 perante a anfitriã Suíça, com uma segunda equipa que, ainda assim, só não fez mais devido a uma péssima arbitragem.
Com oito titulares no banco, o conjunto luso teve mais e melhores oportunidades, atirou duas bolas ao “ferro”, viu um golo ser mal anulado e uma grande penalidade sobre Nani ser escamoteada, bem mais clara do que a que valeu o segundo tento aos helvéticos.
Hakan Yakin, aos 71 e 83 minutos, selou, em parceria com o árbitro austríaco Konrad Plautz, a primeira vitória de sempre da Suíça em Europeus, ao nono jogo, mas o que de facto conta é que Portugal segue para os quartos-de-final, enquanto os anfitriões estão fora.
Além das muitas culpas da arbitragem, Portugal perdeu também porque, praticamente, “desapareceu” do jogo nos últimos 30 minutos, depois de uma primeira hora de bom futebol, sempre com Nani, o melhor jogador luso, em destaque e a mostrar estar preparado para o “onze”.
Com o apuramento para os quartos-de-final garantido, bem como o primeiro lugar do Grupo A, Scolari procedeu a oito alterações, poupando Bosingwa, Ricardo Carvalho, Petit, João Moutinho, Deco, Cristiano Ronaldo, Simão e o “capitão” Nuno Gomes.
Desta forma, Portugal alinhou com Miguel, Pepe, Bruno Alves e Paulo Ferreira, à frente de Ricardo, um meio-campo com Fernando Meira, Raul Meireles e Miguel Veloso e dois extremos (Nani e Ricardo Quaresma) no apoio ao ponta-de-lança Hélder Postiga.
Por seu lado, a Suíça entrou em “4-4-2”, com Zuberbühler na baliza, uma defesa com Lichtsteiner, Müller, Senderos e Magnin, dois médios defensivos (Gelson Fernandes e Inler), dois jogadores nas alas (Behrami e Vonlanthen) e Yakin nas costas de Derdiyok.
Apesar do calor que vinha das bancadas, maioritariamente no apoio aos suíços, o encontro começou morno e apenas teve o primeiro momento de emoção aos 15 minutos, quando, após passe de Miguel Veloso, Nani entrou na área e foi carregado por Lichtsteiner.
O árbitro não assinalou a grande penalidade, clara, e, na resposta, Behrami quase marcou, após defesa incompleta de Ricardo, num canto, só que Portugal “pegou” no jogo e, logo a seguir, Zuberbühler desviou para a barra um toque de calcanhar de Pepe, após livre de Nani.
A formação das “quinas” voltou a criar perigo, por Bruno Alves e Hélder Postiga, mas, depois dos 25 minutos, os suíços equilibraram e também ameaçaram, por Vonlanthen, Senderos e Yakin.
A parte final da primeira parte voltou, no entanto, a ser dominada pela equipa das “quinas” e duas más decisões dos árbitros: Hélder Postiga surgiu isolado e marcou, só que foi-lhe assinalado, mal, um fora-de-jogo, e Nani foi agarrado na área.
O segundo tempo começou com um remate de Inler, detido a punhos por Ricardo, mas a primeira verdadeira ocasião de golo pertenceu a Portugal: aos 53 minutos, Miguel Veloso isolou Nani, que, à saída de Zuberbühler, atirou ao poste direito.
A formação lusa ainda voltou a tentar, num remate de Ricardo Quaresma, só que, então, os helvéticos conseguiram assumir o comando: Pepe quase marcou na própria baliza, aos 62 minutos, Inler falhou por pouco o alvo, aos 65, e Yakin marcou mesmo, aos 71.
Depois de já ter trocado o “amarelado” Paulo Ferreira por Jorge Ribeiro e Miguel Veloso por João Moutinho, Scolari colocou Hugo Almeida no lugar de Postiga e, logo a seguir, Quaresma decidiu mal, em plena área, depois de mais um grande passe de Nani.
Portugal continuou a tentar, agora sem cabeça, chegar ao empate, mas, o jogo “acabou” a sete minutos do final, quando, após um mergulho de Tranquillo Barnetta, em contacto com Meira, o árbitro assinalou uma grande penalidade... “caseiro” até ao final.
O encontro acabou pouco depois, com a festa suíça, de uma despedida com honra e “sabor” austríaco, que, no entanto, não durou muito, já que, depois de festejarem os golos checos, tiveram de “levar” com o triunfo e o apuramento da Turquia (3-2).
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