Açoriano Oriental
Euro2008
Portugal favorito, face a checos, turcos e aos anfitriões suíços
A selecção portuguesa de futebol, finalista vencida do Euro2004 e quarta no Mundial2006, parte como favorito à conquista do Grupo A do Europeu de futebol de 2008, face a checos, turcos e aos anfitriões suíços
 Portugal favorito, face a checos, turcos e aos anfitriões suíços

Autor: Pedro Belo da Fonseca - LUSA
Na primeira grande competição desde 1996 sem qualquer jogador da “geração de ouro”, após o adeus do sobrevivente Figo, Portugal surge na Áustria e Suíça com o melhor historial entre os presentes e ainda o mais do que provável novo “Bola de Ouro”, Cristiano Ronaldo.
Apesar de ter mostrado fragilidades na qualificação, a equipa lusa tem tudo para se superiorizar a uma República Checa desfalcada do “cérebro” Tomas Rosicky e também sem Pavel Nedved, que abortou o regresso, a uns turcos sem a capacidade para repetir o bronze do Mundial2002 e a uns suíços apenas ameaçadores pelo factor casa.
Portugal já não tem Figo, Rui Costa, Fernando Couto, João Vieira Pinto ou Pauleta, mas, além de Ronaldo, que realizou uma época extraordinária e até a “Bota de Ouro” conquistou, ainda conta com Ricardo Quaresma, Deco, Ricardo Carvalho, Pepe, Simão ou Nani.
Falta moldar uma equipa, numa mescla entre a juventude (11 estreantes em fase finais) e a experiência e em “4-3-3”, surpreendentemente sem Maniche (eleito para a equipa ideal do Euro2004 e do Mundial2006), que o seleccionador luso deixou “cair”.
Para começar, Luiz Felipe Scolari poderá apresentar um “onze” com Bosingwa, Ricardo Carvalho, Pepe e Paulo Ferreira, à frente de Ricardo, um meio-campo com Petit, João Moutinho e Deco e dois extremos (Cristiano Ronaldo e Simão) no apoio ao ponta-de-lança Nuno Gomes.
A formação lusa é favorita, mas todos os cuidados são poucos, até porque, historicamente, não se dá com grupos acessíveis: apenas não passou a primeira fase nos Mundial de 1986 (Inglaterra, Polónia e Marrocos) e 2002 (Coreia do Sul, Polónia e Estados Unidos).
“Esperamos chegar longe, à final, mas as outras 15 selecções partem com a mesma ambição”, afirmou o seleccionador de Portugal, que depois de chegar aos quartos-de-final em 1996, às meias-finais em 2000 e à final em 2004 só melhora se trouxer o “caneco” de Viena.
A República Checa, herdeira dos resultados desportivos da Checoslováquia (campeã em 1976), encantou e foi semi-finalista em 2004 (como Portugal, perdeu por 1-0 com a Grécia), mas ficou-se pela primeira fase no Mundial2006, derrubada por Itália e Gana.
Pela quarta vez consecutiva na fase final do Europeu, o “onze” checo tem como “maior problema”, reconhecido pelo seleccionador Karel Brückner, a ausência do “maestro” Tomas Rosicky, depois do adeus de jogadores carismáticos como Pavel Nedved e Karel Poborsky.
Ainda assim, e com o “gigante” Jan Koller, Milan Baros (melhor marcador do Euro2004), Petr Cech, Tomas Ujfalusi e Marek Jankulovski, os checos têm qualidade para chegar aos “quartos”.
Por seu lado, a Turquia, que no Euro2000 caiu face a Portugal (0-2 nos “quartos”), chega com a intenção de voltar aos momentos de glória vividos em 2002, com o terceiro lugar no Mundial, ao qual se seguiram duas qualificações frustradas.
“Somos orgulhosos e patriotas, pelo que não posso ter outra ambição que não seja conquistar o título Europeu”, frisou Fatih Terim, que tem como principais armas a garra e a vontade do colectivo e jogadores como Nihat, Emre ou Hamit Haltintop.
Por seu lado, a Suíça tem como grande força o “factor casa”, que o seleccionador Jakob “Köbi” Kuhn, quer aproveitar, até porque “o objectivo mínimo é chegar aos quartos-de-final”, num grupo em que “Portugal é favorito, mas não uma equipa de extraterrestres”.
Philippe Senderos e Alexander Frei são os nomes mais sonantes do conjunto helvético, que se ficou pela fase de grupos no Euro2004 (com França, Inglaterra e Croácia), mas saiu do último Mundial sem perder (2-0 ao Togo, 0-0 com França e 2-0 à Coreia do Sul, na primeira fase, e 0-3 na “lotaria dos penaltis com a Ucrânia, nos “oitavos”).
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