Açoriano Oriental
Portugal é encarado como muito competitivo em custos de operação

O ministro da Economia defendeu esta quarta-feira que os principais investidores mundiais possuem agora uma informação mais aprofundada sobre a realidade económico-financeira de Portugal e sustentou que o país é visto como "muito competitivo" em custos de operação.

Portugal é encarado como muito competitivo em custos de operação

Autor: Lusa/AO online

Estas posições foram assumidas por Manuel Caldeira Cabral em declarações à agência Lusa e à Antena 1, durante o segundo dia de presença no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.

"Estamos aqui para ajudar a colocar Portugal no mapa, transmitindo uma atitude aberta ao investimento, ao comércio e a todos os que pretendem viver no país, isto, num momento em que outros no mundo têm dúvidas se querem continuar tão abertos como foram no passado", declarou o titular da pasta da Economia.

Manuel Caldeira Cabral, que em 2017 também esteve em Davos, acredita que Portugal já não é encarado como "país surpresa" na economia, que os principais investidores internacionais possuem agora um conhecimento mais aprofundado sobre o país e que a carga fiscal existente não é fator penalizador em termos de competitividade externa.

"Quando os investidores têm de escolher entre Portugal e outras localizações, encontram um país com condições de operação muito interessantes e muito competitivo, que não fica atrás de outros em nada", sustentou.

Interrogado sobre se é frequente deparar-se com críticas sobre instabilidade fiscal em Portugal, o ministro da Economia respondeu que, "pelo contrário, os investidores referem-se a Portugal como um país que tem infraestruturas ao nível do melhor que há na Europa, com jovens muito qualificados e com custos de operação de facto mais baixos do que na maior parte das capitais europeias", contrapôs.

Manuel Caldeira Cabral afirmou mesmo que a sua experiência indica que muitos investidores internacionais "encaram Portugal como um país europeu com custos em muitos aspetos mais baixos do que na Europa, seja de espaços para escritórios ou de custos de contexto de funcionamento".

"Houve igualmente uma evolução muito apreciada no que respeita a simplificação e desburocratização", completou.

Manuel Caldeira Cabral comparou também a sua presença deste ano em Davos com a de 2017.

"Nestes contactos com investidores, achei muito interessante que em 2017 havia um interesse geral sobre a evolução do país. Mas, neste momento, já estão informados sobre questões muito concretas. Já estão a pensar em locais para fazerem os seus investimentos e, em geral, estão muito satisfeitos com as condições de competitividade que Portugal oferece", defendeu.

De acordo com o ministro da Economia, "Portugal é hoje visto como um país que está a ter boa consolidação das suas contas públicas, crescimento das exportações, redução do desemprego e da pobreza".

"Penso que o país está a ter um crescimento mais inclusivo. Quer por parte de líderes de opinião, quer por parte de investidores presentes em Davos, nota-se um muito maior conhecimento sobre a realidade portuguesa e também uma atitude muito positiva sobre o caminho seguido por Portugal, assim como em relação ao seu potencial", completou.

Questionado sobre a expetativa de resultados económicos neste segundo ano de presença no Fórum Económico Mundial, o ministro da Economia referiu que houve já contactos com investidores de "setores muito interessantes, quer com os de setores mais tradicionais ou institucionais - que olham para Portugal com muita confiança -, quer também de setores tecnológicos, nomeadamente de software e plataformas".

"Estes últimos estão a olhar para o que está a acontecer em Portugal no que respeita a 'startups' e à economia digital, alguns com a perspetiva de fazerem investimentos em Portugal, outros de encontrarem parceiros tecnológicos portugueses", sustentou.

Para o ministro da Economia, "Portugal é olhado hoje com um país que tem tecnologicamente soluções interessantes, tendo uma mão-de-obra muito qualificada e um bom ponto para situar empresas tecnológicas".

"Estes investidores, além de fundos, têm conhecimento sobre a forma como se fazem crescer as empresas tecnológicas", acrescentou o membro do Governo.


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