Autor: Lusa/AO Online
Segundo o responsável, citado numa nota de imprensa do executivo, a infraestrutura do concelho da Ribeira Grande, que foi alvo de testes pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, “é um dos melhores portos de pesca da região”.
O governante visitou na quarta-feira o porto, na costa norte da ilha de São Miguel, para avaliar os danos materiais registados na terça-feira, quando ondas de cinco metros, com períodos de 15 segundos e coincidentes com marés vivas, galgaram a infraestrutura e alagaram parte do terrapleno.
De acordo com o Governo Regional, seis embarcações de pesca de pequeno porte e duas embarcações auxiliares, estacionadas em seco, foram afetadas, o que motivou críticas de pescadores.
A cooperativa de pescas Porto de Abrigo considerou inaceitável o registo de estragos num porto ampliado há menos de um ano (numa intervenção superior a 16 milhões de euros) e prometeu aprofundar a análise da situação.
O presidente, Liberato Fernandes, sublinhou à Lusa que os pescadores “já tinham ideia de que o modelo de construção” da infraestrutura “não era o mais seguro”, pelo que agora ficam ainda mais apreensivos.
Fausto Brito e Abreu deixou em Rabo de Peixe críticas pela desvalorização do mau tempo que se registou e sublinhou que se tratou de “um fenómeno excecional, resultante de uma conjugação invulgar de fatores”.
O porto “resistiu muito bem ao mau tempo, sem apresentar danos estruturais […]. Se não tivesse sido beneficiado por estas obras de ampliação, os prejuízos em embarcações teriam sido muito maiores”, afirmou o governante, acrescentando que os armadores devem acionar os seus seguros.
O Governo dos Açores assegurou que vai continuar a acompanhar a situação e admitiu que o regulamento do porto que estabelece as zonas de estacionamento das embarcações pode ser revisto, se necessário.