Açoriano Oriental
Ponta Delgada com novo entreposto frigorífico
O novo entreposto frigorífico de Ponta Delgada, um investimento de cerca de cinco milhões de euros, hoje inaugurado, constitui "um bom alicerce para o desenvolvimento futuro" do setor das pescas na região, declarou o presidente do Governo regional.
Ponta Delgada com novo entreposto frigorífico

Autor: LUSA/AOnline

“E refiro que é um bom alicerce, porque não é apenas pelo facto de termos esta infraestrutura construída que os desafios com que o setor das pescas está confrontado ficam resolvidos ou que a situação difícil que o setor das pescas enfrenta fica resolvida”, reforçou Vasco Cordeiro, na cerimónia de inauguração do entreposto frigorífico de Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

O chefe do executivo açoriano acrescentou que a nova infraestrutura “é um bom contributo” para que se possam “cumprir um conjunto de objetivos que estão definidos quer da parte do Governo, quer naquela que tem sido uma parceria estabelecida com diversas instituições representativas deste setor quanto à forma como se devem ultrapassar estes desafios”, nomeadamente as questões “relativas à melhoria de infraestruturas que possam conduzir à valorização do pescado", mas melhorar também "as condições de segurança e de trabalho dos pescadores”.

A construção da nova infraestrutura, edificada no antigo matadouro de Santa Clara, na cidade de Ponta Delgada, permitiu "recuperar uma área degradada naquela freguesia, correspondente a cerca de 3.500 metros quadrados", segundo indicou na inauguração o chefe do executivo açoriano.

Vasco Cordeiro adiantou ainda que o novo entreposto frigorífico tem "dois túneis de congelação estatísticos com capacidade para cerca de 20 toneladas por dia, câmaras de conservação de pescado fresco de 50 toneladas, capacidade de armazenamento de 20 toneladas de gelo, tanques de salmoura com capacidade para 30 toneladas diárias".

O presidente do Governo Regional destacou um conjunto de intervenções que foram feitas durante a legislatura, em particular em portos da região e requalificação de lotas, assim como a aposta na valorização do preço do pescado, acrescentando que foram feitos “investimentos em infraestruturas que tratam cerca de 95% do pescado capturado na região”.

“Mas o setor não vive tempos de grande pujança. Infelizmente há um conjunto de desafios que apesar deste progresso que foi feito nesta área afetam ainda o setor, nomeadamente em termos da própria escassez de recursos e o impacto que um conjunto de decisões externas à nossa região tem tido neste setor, fundamental, muitas delas, aliás, derivam apenas do desconhecimento daquilo que efetivamente temos na nossa região em termos de pescas e recursos pesqueiros”, alegou Vasco Cordeiro.

O presidente do Governo Regional apelou ainda à união de esforços, defendendo “uma postura permanentemente atenta" e "permanentemente lúcida, também, quanto aquelas que são as fragilidades e potencialidades deste setor".

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