Autor: Lusa/AO online
Segundo a mesma fonte, os investigadores da PJ estão a analisar as ligações entre a CCIH e os negócios do anterior presidente, Ângelo Duarte, e também as polémicas relacionadas com últimas eleições para os corpos sociais, que obrigaram a repetir a assembleia-geral por duas vezes.
A PJ está também a investigar o processo de contratação da filha de Ângelo Duarte, que estava a trabalhar na CCIH, ao abrigo do programa Estagiar L, e que foi contratada para os quadros da instituição, durante o mandato do pai.
Os investigadores procuram apurar, na sequência de uma denúncia anónima, se houve ou não indícios de favorecimento pessoal por parte do anterior presidente da direção, que chegou a concorrer a mais um mandato, mas que acabou por abandonar a corrida, perante as dúvidas sobre se podia ou não recandidatar-se.
Segundo o relato de dois empresários ouvidos pela PJ, os investigadores pediram, numa primeira fase, a lista de sócios da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, e mais tarde, deslocaram-se à ilha do Faial, onde convocaram e ouviram vários membros da anterior direção.
A Polícia Judiciária está também a analisar contratos estabelecidos entre a Câmara do Comércio e as empresas de Ângelo Duarte, bem como viagens dos elementos da direção ao estrangeiro e alegadas irregularidades nas eleições para os corpos sociais.
Recorde-se que algumas destas questões já tinham sido denunciadas, na altura do ato eleitoral, por António Pimentel, o empresário que encabeçava a lista adversária às eleições internas na CCIH, que acabou por perder.
A Lusa procurou ouvir o anterior e o atual presidente da direção da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, nomeadamente Humberto Goulart e Ângelo Duarte, mas nenhum deles se mostrou disponível para prestar declarações.