Autor: Lusa/AO Online
Os dados são da organização Women Deliver, segundo a qual 200 milhões de mulheres, a maioria de países em desenvolvimento, continuam sem acesso fácil ao medicamento.
Em 1960, as norte-americanas foram as primeiras mulheres do mundo que puderam comprar, com autorização legal, "Enovid", uma dose concentrada de hormonas que evitava a ovulação da mulher e possíveis gravidezes.
O contracetivo foi desenvolvido sob impulso de duas feministas, Margaret Sanger e Katharine McCormick, que, aos 70 anos, se comprometeram a encontrar a "pílula mágica",
Com a ajuda monetária de uma delas, o médico Gregory Pincus conseguiu concluir, com êxito, as suas investigações, em 1955.
O fármaco, no entanto, só foi aprovado como contracetivo pelas autoridades dos Estados Unidos cinco anos depois, a 09 de maio de 1960, no meio de críticas que apontavam a pílula como a porta para o caos sexual.
Meio século depois, a pílula é o método anticoncecional mais usado em todos os continentes, exceto em África e Ásia, de acordo com um relatório das Nações Unidas de 2009.