Autor: LUSA/AO online
O documento foi entregue à presidente da Assembleia Legislativa dos Açores por António Anacleto, primeiro subscritor da petição, que pretende "recuperar" três anos da carreia docente, que foram alegadamente esquecidos na última alteração legislativa, prejudicando mais de 3.700 professores da região.
"O objetivo da petição é a introdução da norma transitória que existia no estatuto da carreira docente de 2009, que nos permitia a recuperação de três anos de serviço, num índice que deixou de existir nessa carreira", porque foi, entretanto, abolida na alteração ao estatuto em 2015.
Segundo explicou, a primeira transição da carreira docente, foi feita com base no índice remuneratório e não no tempo de serviço, acrescentando que esse índice remuneratório "deixou, entretanto, de existir", fazendo com que parte do tempo de serviço dos docentes tenha ido para "o caixote do lixo".
"Neste momento temos colegas que, por causa do tempo de serviço perdido e por causa do congelamento das carreiras, vão estar 14 anos no primeiro escalão de rendimentos", lamentou António Anacleto, adiantando que isso significa que esses docentes vão estar "no índice mais baixo da carreira durante 1/3" da sua vida profissional.
O primeiro subscritor da petição lembrou que já reuniu com quase todos os grupos e representações parlamentares na Assembleia Legislativa dos Açores, antes de entregar a petição, para os alertar para a necessidade de correção desta "injustiça", acrescentando que "os senhores deputados já tomaram consciência deste problema" e "manifestaram intenção de resolvê-lo".