Açoriano Oriental
Pescadores de Rabo de Peixe insistem na insegurança do porto ampliado há um ano
O presidente do Sindicato Livre dos Pescadores dos Açores afirmou hoje que o porto de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, ampliado há um ano, "não é completamente seguro", opinião desmentida pelo Governo Regional.
Pescadores de Rabo de Peixe insistem na insegurança do porto ampliado há um ano

Autor: Lusa/AO Online

“O Governo [Regiona] já disse na comunicação social que o porto é seguro. A experiência do dia-a-dia, o empirismo, é que avalia essa situação de que o porto não é completamente seguro”, afirmou à agência Lusa Luís Carlos Brum, acrescentando que “a entrada para o porto é que é problemática”.

A ampliação do porto de Rabo de Peixe, obra inaugurada a 07 dezembro de 2014, custou mais de 16 milhões de euros e contemplou a construção de dois novos contra-molhes, uma nova área de abrigo e um terrapleno com 19 mil metros quadrados, entre outras valências, mas o projeto motivou sempre críticas dos pescadores por falta de segurança, que se mantêm passado um ano.

Esta infraestrutura, localizada no concelho da Ribeira Grande, serve uma comunidade de 1.000 pescadores e cerca de 100 embarcações.

Para Luís Carlos Brum, o atual contra-molhe, que “sai da rua de S. Sebastião, devia ser recuado mais para a avenida D. Paulo José Tavares, onde tem um baixio”, algo que tornaria “muito mais seguro o porto”, porque “o rebentamento das ondas dá-se nessa zona da entrada”.

Em outubro, várias embarcações de pesca foram danificadas devido à forte agitação marítima, prejuízos que os pescadores argumentaram resultar da falta de segurança do porto, apesar de o secretário regional do Mar ter assegurado, na ocasião, que a infraestrutura "oferece ótimas condições de operacionalidade e segurança".

O porto “resistiu muito bem ao mau tempo, sem apresentar danos estruturais […], se não tivesse sido beneficiado por estas obras de ampliação, os prejuízos em embarcações teriam sido muito maiores”, afirmou Fausto Brito e Abreu, acrescentando que os armadores devem acionar os seus seguros.

O presidente do Sindicato Livre dos Pescadores adiantou hoje que “a maior parte” dos pescadores, cujas embarcações foram danificadas em outubro, “já resolveu a situação” com os respetivos seguros, sem, contudo, quantificar.

Luís Carlos Brum referiu ainda que, tirando a questão da entrada, o resto do porto de Rabo de Peixe é uma infraestrutura “belíssima”, que "veio criar melhores condições de trabalho" para toda a comunidade piscatória e “isso é positivo”.

 

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