Açoriano Oriental
Pequim quer túmulos mais pequenos e ecológicos
A câmara de Pequim quer que os seus cidadãos optem por túmulos mais pequenos e enterros "amigos do ambiente", anunciou a agência oficial Xinhua, numa decisão que desafia o tradicional culto chinês aos antepassados.

Autor: Lusa/AO online

 

O plano obriga os cemitérios de Pequim a persuadir as pessoas a optarem por opções ecológicas, em vez de túmulos ostensivos e espaçosos.

A tradição chinesa dita que as almas só descansam em paz se os corpos forem cobertos pelo solo. Os túmulos antigos ocupam vários metros quadrados, numa demonstração de prestígio social e do nível de devoção filial.

Sede de um município com cerca de metade da área da Bélgica e mais de vinte milhões de habitantes, a capital chinesa regista, anualmente, entre 80 mil a 90 mil óbitos.

Os cidadãos serão incentivados "à realização de enterros em locais 'verdes', eventualmente canteiros ou debaixo de árvores, ou a lançarem as cinzas dos entes queridos ao mar", destaca a Xinhua.

O plano prevê que os 33 cemitérios de Pequim peçam às pessoas para escolher túmulos mais pequenos, assim que o renovável período de arrendamento - fixado em 20 anos - expirar.

As autoridades oferecem ainda 4.000 yuan (548 euros) às famílias que optarem por lançar as cinzas ao mar.

Em 2015, 45,9% dos enterros em Pequim foram feitos com recurso a métodos ecológicos, destaca a Xinhua. Até ao fim desta década, o Governo espera elevar aquela percentagem para 50%.

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