Açoriano Oriental
PCP apresenta candidato às presidenciais depois das legislativas
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje que o partido apresentará o seu candidato às presidenciais após as eleições legislativas de 04 de outubro.
PCP apresenta candidato às presidenciais depois das legislativas

Autor: Lusa/AO Online

Jerónimo de Sousa, que falava à margem de um jantar da CDU em Matosinhos, começou por dizer que “em relação às presidenciais, o PCP intervirá de modo próprio, com o objetivo fundamental de garantir na Presidência da República alguém que cumpra e faça cumprir a Constituição".

E acrescentou: “quero garantir que imediatamente após as eleições de 04 de outubro o PCP decidirá, porque não decidiu ainda, em conformidade com essa orientação e essa decisão”, referindo-se "àquilo que é uma orientação e decisão do congresso do PCP".

Questionado sobre o anúncio de Maria de Belém na segunda-feira, respondeu ser “mais um a seguir aos 16 anúncios já feitos, tirando aqueles que faltam ainda apresentar-se e anunciar”.

Ainda sobre as legislativas, o secretário-geral do PCP afirmou estar confiante “que a CDU vai crescer em votos e em deputados”.

No discurso antes do jantar, Jerónimo de Sousa criticou PS e PSD pela “mistificação” que tem sido feita em “torno da ideia que estas eleições são para eleger o primeiro-ministro (…) escondendo que são para eleger 230 deputados”.

“Uma segunda mistificação fabricada a partir das sondagens valorizando a bipolarização é o chamado empate técnico”, atirou o comunista para quem Pedro Passos Coelho “fugiu com a boca para a verdade” quando disse “que era preciso maioria absoluta, fosse do PSD ou do PS”.

Para Jerónimo de Sousa “talvez não se queiram juntar os dois formalmente porque queimam o esquema da alternância que já dura há décadas”.

“Um e outro dão garantias ao FMI [e] à União Europeia quando recusam a renegociação da dívida, quando aceitam as amarras do euro (…) Garantindo a mesma música, a questão para eles é mudar de maestro”, sublinhou.

O comunista quis ainda lembrar a criminalização do abandono de idosos para defender que “se alguém merece ser julgado e condenado pelo abandono é o governo que cortou nas pensões e reformas e obrigou que filhos e netos tivessem de partir para a emigração forçada”.

 

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