Pedro Passos Coelho, que chegou à sede do Conselho cerca das 10:30 locais (09:30 de Lisboa), hora e meia antes do reinício formal dos trabalhos, reuniu-se em separado com Herman van Rompuy e com José Manuel Durão Barroso, com os quais discutiu a nova proposta para o quadro financeiro plurianual colocada sobre a mesa pelo presidente do Conselho.

Na véspera, quando foi recebido pelos presidentes das duas instituições no quadro da ronda que estes fizeram junto dos 27 antes do arranque da cimeira, o primeiro-ministro dera conta da insatisfação de Portugal com a anterior proposta, que entretanto Van Rompuy reformulou e apresentou aos líderes ao início da madrugada.

A nova proposta mantém um corte no envelope global de 80 mil milhões de euros comparativamente à proposta original da Comissão Europeia, mas com uma redistribuição dos cortes que atenua as reduções nas áreas da coesão e agricultura, aquelas que Portugal considera prioritárias, indicaram fontes diplomáticas.

Outras fontes europeias indicaram que continua, no entanto, a existir um grande “fosso” a separar as posições dos contribuintes líquidos – as economias mais poderosas -, que reclamam ainda mais cortes orçamentais, caso do Reino Unido, e os países mais frágeis, os chamados “amigos da coesão”, como Portugal, que defendem reduções menos agressivas.