Açoriano Oriental
Passos Coelho propõe rever "pedra por pedra" políticas públicas da área social
O presidente do PSD propôs hoje rever, "pedra por pedra", as principais políticas públicas na área social, incluindo educação, saúde e apoio social, para melhorar a redistribuição de rendimentos e combater as desigualdades.
Passos Coelho propõe rever "pedra por pedra" políticas públicas da área social

Autor: LUSA/AO Online

"Nós temos de rever, pedra por pedra, aquilo que são as nossas principais políticas públicas na área social. Na educação, à cabeça. Mas na saúde e no apoio social é indispensável que, em Portugal, nós possamos rever a maneira como se faz a redistribuição", declarou Passos Coelho, no encerramento do 36.º Congresso do PSD, na Nave Desportiva de Espinho. O presidente do PSD referiu que cerca de metade dos portugueses não paga IRS e a maioria dos que pagam gera pouca receita, considerando: "A função redistributiva na nossa sociedade está avariada e é por isso que, ano após ano, nós continuamos a perpetuar estas desigualdades". Neste ponto, mencionou o discurso feito no sábado pelo eurodeputado Paulo Rangel: "Se, como o Paulo Rangel dizia, nós devemos estar preocupados em ser o grande partido da mobilidade social em Portugal, temos hoje de reconhecer que ela também está avariada". Mais à frente, Passos Coelho reivindicou que o PSD é "o partido que maior propensão para reformar" e voltou a falar das políticas de saúde, educação e de apoio social, para defender que se deve "assegurar a livre escolha" dos cidadãos nestes domínios - uma posição que tem defendido desde que está na liderança do PSD. "Não somos nenhum partido com ideias de vanguarda política e social, somos contra o vanguardismo. São os cidadãos, as pessoas, cada uma das pessoas, a fazer, a decidir, a contribuir para a mudança. Nós devemos assegurar a livre escolha, devemos aumentar as possibilidades de escolha das pessoas para determinar o seu próprio futuro, em liberdade, para poderem escolher a saúde, a educação, o apoio social que entenderem", afirmou. O ex-primeiro-ministro argumentou que "o Estado tem responsabilidades indeclináveis, mas não se substitui aos cidadãos". "E quanto mais pudermos garantir aos cidadãos que escolham, dentro das ofertas públicas, ou nas ofertas privadas, é a escolha dos cidadãos que conta, não é a ideologia ou o rótulo que queremos pôr na testa de cada cidadão ou de cada pessoa", considerou. Neste contexto, o presidente do PSD introduziu o tema das tendências de voto, sustentando que "hoje as pessoas votam num partido, amanhã podem votar noutro", porque "o voto partidário, fidelizado, dogmático, ideológico há muitos anos que está em remissão". "Quem não muda e não se abre aos cidadãos e ao mundo, morre. E nós somos um partido vivo, que está aberto aos portugueses", concluiu.

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