Açoriano Oriental
Parlamento dos Açores aprova voto de pesar pela “aterradora fatalidade”

O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pelas vítimas dos incêndios que deflagraram no país e pela "aterradora fatalidade" que se abateu em Portugal

 Parlamento dos Açores aprova voto de pesar pela “aterradora fatalidade”

Autor: LUSA/AO online

"É com um sentimento de consternação e de pesar que temos acompanhado esta terrível tragédia, lamentando a violenta dimensão dos incêndios e as incalculáveis consequências para tantas famílias e populações afetadas", refere o voto, apresentado pela presidente da Assembleia Legislativa Regional, a socialista Ana Luís.

No voto de pesar, subscrito pelos seis partidos com assento parlamentar (PS, PSD, CDS-PP, BE, PCP e PPM), lamenta ainda que, além de terem provocado a morte a dezenas de pessoas, os incêndios tenham também causado vários feridos graves, centenas de desalojados e ainda avultados prejuízos.

A Assembleia Legislativa Regional, que adiou por um dia o arranque dos trabalhos parlamentares de outubro, na sequência do luto nacional de três dias decretado pelo Executivo nacional, refere também que os incêndios do passado fim de semana deixaram, "uma vez mais", o país de luto, "mergulhado numa profunda tristeza, perante tão aterradora fatalidade".

"Conscientes que o efeito das palavras não minimiza o sofrimento de quem tudo perdeu, os açorianos, familiarizados com situações de crises e desastres naturais, não podem deixar de dirigir uma palavra de esperança e de conforto, unindo-se em torno da sua dor e prestando a sua sentida homenagem e solidariedade", acrescenta o voto.

Os 57 deputados manifestaram também uma "palavra de gratidão" às populações, aos elementos das corporações de bombeiros e aos serviços de segurança, pela "coragem, determinação e espírito de missão" que demonstraram no terreno, neste momento difícil para o país.

Depois de lido o voto, do qual será dado conhecimento ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e à Associação Nacional de Municípios, os deputados guardaram um minuto de silêncio.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.


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