O voto de pesar, proposto pela mesa do parlamento, foi votado na abertura dos trabalhos parlamentares da sessão plenária de Janeiro, manifestando a solidariedade do povo açoriano com os habitantes do Haiti, muitos dos quais estão ainda a passar graves dificuldades, “sem abrigo, alimentação, água, e assistência médica”.

Francisco Coelho, presidente da Assembleia Regional, lembrou que o abalo sísmico ocorrido no Haiti não só destruiu “a maior parte do país”, como “arruinou todas as infraestruturas essenciais à vida comunitária, como escolas, indústrias, transportes, serviços de Estado e até hospitais”.

“Porque a solidariedade não tem fronteiras, o povo açoriano, que conhece bem, até por experiência própria, o efeito devastador deste tipo de fenómenos naturais, agravados pelo contexto insular, não pode deixar de lamentar sentidamente as vítimas e de se sentir interpelado a demonstrar a sua activa solidariedade aos sobreviventes, a quem tudo falta, particularmente a assistência médica”, destacou o presidente do parlamento açoriano.

Francisco Coelho realçou, por outro lado, a “espontânea e generosa reacção” da comunidade internacional à tragédia no Haiti, considerando tratar-se de uma atitude “que é importante assinalar positivamente”.