“Estamos a assistir um fenómeno de terrorismo de dimensões antes inimagináveis (…). Parece que se perdeu a consciência do valor da vida humana, que as pessoas não tem valor e que podem ser sacrificadas por outros interesses. E, tudo isto, lamentavelmente, diante da indiferença de muitos”, criticou.

O papa abriu hoje com esta declaração o consistório em que abordará com os cardeais e patriarcas a situação no Médio Oriente e o papel que a Igreja Católica pode desempenhar para promover a paz.

Diante da situação, “muito preocupante”, o papa pediu uma “resposta adequada” da comunidade internacional.

“Estou seguro que, com a ajuda do Senhor, do encontro de hoje emanarão reflexões e sugestões válidas para ajudar aos nossos irmãos que sofrem e para acudir o drama da redução da presença cristão na terra onde nasceu e se difundiu o cristianismo”, sublinhou.

Por ultimo, o papa recordou que a Igreja está unida no “desejo de paz e de estabilidade no Médio Oriente” e na “vontade de favorecer a resolução de conflitos mediante o diálogo, a reconciliação e o compromisso político”.

No consistório de hoje, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolín, informará aos participantes sobre as conclusões do encontro do papa com os núncios do Médio Oriente e outras autoridades, no dia 02 de outubro.

O papa já deu inúmeras mostras da sua preocupação com a situação na região oriental do Mediterrâneo, onde os ‘jihadistas’ do EI avançam com objetivo de estabelecer um “califado” entre a Síria e o Iraque, sob as ordens de Abu Bakr al-Baghdadi.

Para conhecer a situação, nomeadamente dos refugiados, Francisco enviou à região o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Fernando Filoni.