Autor: LUSA/AOnline
"Não mais guerra. É hora de parar. Parem, por favor, peço-vos com o coração, parem", insistiu o pontífice, numa intervenção a seguir à oração do Ângelus.
O papa recordou, perante os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, que segunda-feira se assinala um século sobre o início da Primeira Guerra Mundial, referindo-se a esse momento como "um evento trágico", que é preciso recordar para ter presentes "as lições da história, fazendo com que prevaleça sempre a paz, mediante um diálogo paciente e corajoso".
Nesse sentido, Jorge Bergoglio dirigiu-se às pessoas que vivem na Ucrânia, Médio Oriente e Iraque, três zonas atualmente envolvidas em conflitos armados.
"Peço que vos junteis às minhas preces para que o Senhor concedas às povoações e às autoridades destas zonas a sabedoria e a força necessárias para alcançar com determinação o caminho da paz, afrontando qualquer disputa com a tenacidade do diálogo e da negociação, com a força da reconciliação", instou.
"Que no centro de cada decisão não se ponha o interesse particular, mas o bem comum e o respeito de cada pessoa. Recordemos que tudo se perde com a guerra e nada com a paz", acrescentou.
Francisco sublinhou a dor das pessoas que vivem em guerra, sobretudo das crianças.
"Penso sobretudo nas crianças, às quais se tira a esperança de ter um futuro. Crianças mortas, feriadas, mutiladas, órfãs, que brincam com restos de guerra", disse.
O máximo representante da Igreja Católica terminou o discurso com uma palavra: "Parem"