Açoriano Oriental
Cabeça da lista do PSD pelo Pico quer afirmar a ilha no contexto regional
O cabeça de lista do PSD pelo círculo do Pico às eleições regionais dos Açores, a 16 de outubro, Marco Costa, quer afirmar a ilha no contexto regional, disse hoje o candidato.

Autor: Lusa/AO Online

“Faço parte de uma geração que não conhece, nos Açores, outro regime e força política no governo que não o PS. Senti agora um impulso cívico para concorrer e afirmar a minha ilha no contexto regional”, afirmou à agência Lusa Marco Costa, que é militante do PSD desde 2004.

Marco Costa, de 40 anos, engenheiro zootécnico, reside no concelho da Madalena, tendo nascido na vizinha ilha do Faial.

O candidato, que concorre como cabeça de lista pela primeira vez numas eleições, disse não ter qualquer tradição familiar na área política, mas quer ajudar o Pico, “denunciando o que não está bem e apresentando propostas para melhorar”.

“Foram gastos muitos milhões pelo PS no Pico, mas os resultados ficam aquém do desejado”, considerou Marco Costa, apontando o exemplo concreto do setor da saúde, que assegurou ser uma das suas bandeiras eleitorais.

Para o candidato, naquela ilha com cerca de 14 mil habitantes “os cuidados de saúde estão muito aquém do necessário” e “já houve muitas promessas socialistas, como o caso da maternidade, que nunca se concretizaram”.

Marco Costa defendeu, por outro lado, a aposta no setor primário, destacando que o Pico produz queijo, mel, carne e vinho, mas “falta estratégia”, o que permitiria, por exemplo, passar “da simples produção da matéria-prima para a transformação e, assim, fortalecer a economia local”.

“Assusta-me que a agricultura do Pico dependa em mais de 50% dos apoios comunitários”, afirmou o candidato social-democrata, acusando o Governo Regional socialista de se sentir “dono dos milhões vindos da União Europeia”.

Ao nível das infraestruturas, o cabeça de lista denunciou o que diz ser a “falta de estratégia e abandono” do executivo açoriano ao nível da rede de caminhos agrícolas, no abastecimento e reservas de água nos três concelhos da ilha, na construção do terminal de passageiros em São Roque do Pico e na requalificação dos estaleiros navais da Madalena.

Empregabilidade, o combate à desertificação e a aposta na qualificação profissional em áreas como a vitivinicultura são outros dos temas que mobilizam a candidatura do PSD pelo círculo do Pico, apontou.

Nos Açores, onde o PS governa há 20 anos, há nove círculos eleitorais, coincidentes com cada uma das ilhas, e um círculo regional de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).

O PS tem 31 dos 57 lugares na Assembleia Legislativa dos Açores, enquanto o PSD, o maior partido na oposição, conquistou 20 mandatos. O CDS tem três deputados no parlamento regional, enquanto BE, PCP e PPM conseguiram um mandato cada.

A ilha do Pico elege quatro deputados para o parlamento regional.

 

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