“É extraordinário reunir nos Açores 25 palhaças profissionais que vêm participar sem cobrar nada e a suportar as próprias despesas de deslocação”, afirmou à Lusa Maria Simões, da organização do festival, que vai reunir pessoas de Portugal, Espanha, França, Áustria, Alemanha e Perú.

O festival, designado Bolina, decorre de 30 de janeiro a 01 de fevereiro, com vários espetáculos em Ponta Delgada, sendo que entre 26 e 29 de janeiro está previsto um “pré-festival” destinado a oficinas de formação e visitas a instituições.

“Foi um risco fazer este primeiro festival. Não sabíamos como iria ser a adesão, mas felizmente está tudo a correr bem”, referiu Maria Simões, alegando que a iniciativa visa dar maior visibilidade à profissão e constituir uma rede internacional de palhaças.

Segundo acrescentou, todas as participantes na primeira edição do Bolina “têm já vários anos de carreira”.

Para minimizar custos, a organização apelou aos habitantes de S. Miguel para se disponibilizarem a acolher, em suas casas, uma participante do festival, algo que foi “prontamente acolhido”.

Maria Simões revelou que ainda há pessoas a contactar a organização para disponibilizar alojamento, o que “mostra bem quanto os micaelenses e os açorianos são acolhedores”.

A partir de segunda-feira a organização estará sedeada numa casa na Rua do Contador, em Ponta Delgada, para receber inscrições para as oficinas de formação, responder a dúvidas da população e receber manifestações de interesse de quem quiser ser voluntário no Bolina.

O festival internacional de Palhaças é promovido pelas Descalças Companhia Cultural e Associação 9 Circus, tendo também recebido a colaboração da La Garza Producciones.