Açoriano Oriental
Corrida às armas e mochilas blindadas nos EUA
O massacre de 26 pessoas numa escola do Connecticut está a provocar uma corrida às mochilas blindadas e às armas semiautomáticas por parte de pais preocupados e entusiastas de armas que temem legislação mais restritiva.
Corrida às armas e mochilas blindadas nos EUA

Autor: Lusa/AO online

A seguir a tiroteios como o de sexta-feira passada na escola primária Sandy Hook, em Newtown, é normal haver uma subida na venda de armas mas esta semana assistiu-se vendas recorde em alguns estados, especialmente de armas de assalto.

No estado do Colorado, no dia a seguir ao massacre bateu-se um recorde de verificação de cadastros para aquisição de armas, cenário semelhante ao que se verificou no Nevada e em vários outros estados.

Depois do massacre no Connecticut, Ken Larson e a mulher decidiram comprar uma mochila blindada para o seu filho com um ano de idade, como medida de segurança.

"É simples. A vida do meu filho é inestimável", afirmou este natural de Denver, capital do Colorado, acrescentando não haver nada a ponderar antes de gastar 150 euros na mochila, semelhante a uma que também usa quando vai ao cinema, lembrando o massacre que ocorreu em julho passado numa sala de cinema em Denver.

Em ambas as situações, um atirador solitário armado com espingardas automáticas abriu fogo, matando várias pessoas, a maior parte crianças, no caso de Newtown.

Os fabricantes das mochilas não garantem que estas salvem a vida das crianças mas prometem alguma proteção.

Alguns especialistas contrapõem que mandar as crianças para a escola com blindagem não é uma resposta saudável ao medo de tiroteios. Anne Marie Albano, diretora de psiquiatria na Universidade de Columbia, defendeu que os pais devem transmitir calma e não ansiedade.

Alguns proprietários de lojas de armas deixaram de vender armas de assalto, prevendo que a procura e o preço vão subir, depois de o presidente norte-americano, Barack Obama, ter instruído o seu governo para preparar propostas concretas para travar a violência com armas de fogo.

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