Açoriano Oriental
Ordem diz que há uma dezena de municípios interessada no cheque veterinário

A Ordem dos Médicos Veterinários quer criar uma rede de cuidados de saúde primários para animais em risco por todo o país, através de protocolos com os municípios, tendo cerca de uma dezena já manifestado interesse.

Ordem diz que há uma dezena de municípios interessada no cheque veterinário

Autor: Lusa/AO online

“Nós temos vários municípios interessados e a dimensão dos municípios é muito variável. Nós temos comprometidos à volta de uma dezena de municípios. Obviamente que queremos angariar um pouco mais para dar uma dimensão nacional”, adiantou, em declarações à Lusa, Pedro Fabrica, membro da direção da Ordem, que estará hoje à noite em Ponta Delgada, para apresentar a iniciativa a médicos veterinários.

Segundo o representante da Ordem, será realizada também uma reunião com a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores para sensibilizar as autarquias das restantes ilhas.

O Programa de Apoio de Saúde Preventiva a Animais em Risco, mais conhecido por cheque veterinário, pretende assegurar cuidados primários de saúde (vacinação, desparasitação, esterilização) e tratamentos em situações de emergência a animais de centros de recolha oficiais e de famílias carenciadas.

A iniciativa, criada há um ano na sequência de um projeto piloto realizado em 2004 e 2005, está, por enquanto, numa fase de identificação das necessidades dos municípios e de sensibilização das autoridades que ainda não oferecem este tipo de cuidados para aderirem ao protocolo.

Em Ponta Delgada, por exemplo, de acordo com Ordem dos Médicos Veterinários, “cerca de 1.400 animais foram sujeitos a esterilizações”, através do município, em 2017.

No entanto, apenas cerca de metade das câmaras do país tem veterinário municipal e a ordem tem detetado diferentes velocidades na evolução dos cuidados prestados aos animais em risco.

“Há municípios que já têm estruturas e já têm protocolos implementados para este tipo de situação, outros não têm. Há municípios inclusivamente que nem veterinário municipal têm”, salientou Pedro Fabrica.

Segundo o representante da Ordem dos Médicos Veterinários, “o abandono não vai diminuir de um momento para o outro se não houver essa contínua educação”, mas cada vez mais se nota uma mudança de mentalidade.

“A sociedade está claramente a perceber que os animais têm direitos e que, quem quer ficar com animais, tem responsabilidades e que há um valor inerente à sua alimentação e aos seus cuidados médicos”, salientou.


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