Açoriano Oriental
Ordem cria roteiro de arquitetura dos Açores para internet e 'smartphones'
A delegação dos Açores da Ordem dos Arquitetos vai criar um roteiro da arquitetura regional que visa valorizar e divulgar o património do arquipélago e que estará disponível
Ordem cria roteiro de arquitetura dos Açores para internet e 'smartphones'

Autor: LUSA/AOnline

A aplicação para ‘smartphones’ "está a ser desenvolvida” e encontra-se em fase de financiamento, estando “materializada numa primeira fase”, disse à agência Lusa o responsável pela Ordem dos Arquitetos (OA) na região.

Carlos Marques acrescentou que o sítio na internet do roteiro da arquitetura dos Açores surgiu na sequência do seminário de arquitetura e turismo promovido em 2013 pela delegação açoriana da OA.

Segundo Carlos Marques, existe um conjunto de obras de arquitetura com “grande valor e qualidade na região que é perfeitamente desconhecido” pelos açorianos e por “grande parte” de quem visita o arquipélago.

“Com o objetivo de sistematizar estas obras, pretendemos que as pessoas, ao deslocarem-se aos Açores, possam juntar esta componente de visita de arquitetura, um turismo de arquitetura que já existe na Europa e no mundo, que pode ser bem condensado e sistematizado por este site”, frisou.

O responsável pela delegação regional da OA defendeu, por outro lado, a criação de uma plataforma arquitetónica e sociocultural que inclua três cidades dos Açores (Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta).

“Cada uma destas cidades tem a sua identidade diferente, assim como cada ilha, mas pretendemos que estas três personalidades diferentes possam, por si só, trabalhar como um só elemento, sendo uma mais-valia para os Açores”, considerou.

Apesar de entender a arquitetura como uma arte global, que pode ser feita dos Açores para a Europa ou vice-versa, Carlos Marques manifestou “algumas preocupações” com intervenções arquitetónicas na região que “não foram as mais felizes”, quando há precariedade entre os arquitetos.

“Parece-nos também que a conjuntura financeira e económica que a própria região também está a atravessar tem limitado imenso o trabalho dos arquitetos, o que nos preocupa”, declarou.

Carlos Marques referiu que a carta de obras públicas do executivo açoriano “é um bom princípio” porque planifica as empreitadas públicas a desenvolver num determinado período de tempo, mas salvaguardou que “existe um défice bastante grande” em relação aos projetos de arquitetura.

“O documento fala em reabilitação e o nosso conceito de reabilitação é diferente, mais abrangente, mais lato, enquanto o Governo dos Açores acha que reabilitar uma moradia numa freguesia tem o mesmo impacto de um edifício no centro histórico de qualquer uma das cidades”, referiu.

“A reabilitação não é uma forma de dar trabalho aos arquitetos, mas sim de uma série de pessoas e profissões intervirem no processo e, acima de tudo, uma forma de originar um organismo vivo que vai ser usufruído por quem vive nas próprias cidades e por quem as visita”, afirmou.

Neste momento, existem 242 arquitetos a trabalhar nos Açores, 13 dos quais são estagiários.

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