Açoriano Oriental
Obesidade abdominal nas crianças deve ser medida nas consultas de rotina, diz ata médica

A medição da obesidade abdominal nas crianças devia ser incluída nas consultas médicas de rotina, recomenda um estudo publicado na Acta Médica Portuguesa.

Obesidade abdominal nas crianças deve ser medida nas consultas de rotina, diz ata médica

Autor: Lusa/Ao online

“A prevalência da obesidade, incluindo abdominal, é elevada nas crianças portuguesas”, refere o estudo, embora reconheça que parece ter havido uma estabilização nos últimos anos.

O estudo, que avaliou 793 crianças dos 6 aos 10 anos da zona centro de Portugal, verificou que 8,2% das que tinham peso normal registavam obesidade abdominal. Entre as crianças com excesso de peso, quase 60% apresentava obesidade abdominal.

Dado que várias crianças não obesas apresentam valores elevados de obesidade abdominal, os autores do estudo indicam que a medição da relação cintura/altura deve ser incluída em consultas médicas de rotina, “de modo a permitir uma melhor avaliação do estado da saúde da criança”.

Isto porque a obesidade abdominal surge associada a fatores de risco de doenças cardiovasculares e metabólicas e apenas pode ser detetada caso se faça a medição do perímetro abdominal, que não é comum nem rotina nas consultas com crianças.

O artigo da Acta Médica, revista científica da Ordem dos Médicos, aponta para uma prevalência de excesso de peso, incluindo obesidade, de 21,9% das crianças avaliadas.

“A obesidade abdominal em crianças tem aumentado a ritmo alarmante, mas esse indicador não é avaliado em consultas médicas de rotina”, indica o estudo, publicado na Acta Médica de março.

Dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que a prevalência de excesso de peso e de obesidade infantil diminuíram entre 2008 e 2016. Ainda assim, os dados nacionais apontam para cerca de 30% de crianças com peso a mais.



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