Açoriano Oriental
O seu cinema torna-o eterno
A presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, Margarida Gil, considerou que o cinema de Manoel de Oliveira tornará eterno o cineasta que hoje faleceu aos 106 anos.

Autor: Lusa/AO Online

 

Para a Margarida Gil, Manoel de Oliveira é uma das grandes figuras do pensamento português, por ter refletido “como poucos” sobre a condição humana.

“Destaco a sua importância no século XX e XXI. Uma pessoa que carregou toda a memória do seculo XIX e XX e que refletiu sempre, através do seu cinema, sobre a humanidade e Portugal dentro da história da humanidade. É para mim talvez a grande figura do pensamento português. Pouca a gente refletiu tanto sobre a condição humano como Manoel de Oliveira”, afirmou à agência Lusa a realizadora.

Margarida Gil considerou que a morte de Manoel de Oliveira traz um sentimento de desproteção, “como se a Terra perdesse a camada de ozono”.

“[A sua morte] É previsível, mas ninguém acredita. Como se fosse uma hipótese de eternidade que desaparecesse. Era eterno. O seu cinema fá-lo-á eterno”, acrescentou a presidente da Associação de Realizadores.

O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

Manuel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de Dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em atividade.

O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em dezembro passado, por ocasião do 106º aniversário.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados