Açoriano Oriental
Número de enfermeiros necessários nos Açores conhecido até final de fevereiro
A direção da secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros e o secretário regional da Saúde acordaram hoje que, até final de fevereiro, será concluído o levantamento das necessidades de profissionais no sistema de saúde açoriano.
Número de enfermeiros necessários nos Açores conhecido até final de fevereiro

Autor: Lusa/AO Online

“Há um problema, que é reconhecido, de dotação de enfermeiros, com maior incidência nos cuidados de saúde primários. Vamos concluir, com a maior brevidade possível, o levantamento das necessidades e discutir a forma de melhor suprimir estas necessidades”, declarou aos jornalistas Luís Furtado.

O responsável pelos enfermeiros nos Açores, que reuniu hoje em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, com o titular da pasta da Saúde, sustentou que, face ao défice de enfermeiros, há profissionais “cansados e a fazer muitas horas extraordinárias”, o que considerou “não ser bom também para a sustentabilidade financeira” do sistema de saúde.

O dirigente afirmou que faltam apurar as necessidades de enfermeiros em duas unidades de saúde, designadamente da Terceira e São Miguel, tendo salvaguardado, sem apontar um número concreto, que o “défice é considerável” sobretudo nos cuidados de saúde primários.

Luís Furtado disse que outra matéria debatida entre ambas as partes foram “algumas fragilidades” dos núcleos familiares nos cuidados de saúde primários que estão relacionadas com “falta de preparação na sua implementação”.

“A aplicabilidade da circular em determinados universos de ilha não era aquela que é em unidades de saúde de ilha maiores. Por exemplo, em São Miguel, que tem uma organização diferente, com mais população e recursos do que uma unidade de saúde de ilha de São Jorge ou Pico, não se podia aplicar o documento linearmente, como era proposto”, declarou o responsável.

O secretário regional da Saúde referiu, por seu turno, que “foi demonstrado de ambas as partes a vontade de serem verdadeiros parceiros” na execução das políticas do setor.

Rui Luís considerou que foram identificadas situações em que “há margem para poder atuar e partilhar informação”, tendo admitido que existem casos em que os enfermeiros têm que assegurar horas extraordinárias, o que revela que “há trabalho que tem que ser feito”.

“Será esse balanço entre as horas extraordinárias, sobrecarregando os enfermeiros atuais, e contratar novos que permitirá perceber a quantidade de profissionais que podem ser contratualizados este ano”, declarou o titular da pasta da Saúde.

Rui Luís afirmou que, em relação aos enfermeiros especialistas, existe a possibilidade de, em parceria com a Universidade dos Açores, disponibilizar um curso de pós-licenciatura para dotar o serviço regional de saúde dos profissionais necessários.

O governante deixou ainda a mensagem de que o Governo dos Açores está disponível para investir nos núcleos de saúde familiar, “nas zonas onde se justificar”.

 

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