Açoriano Oriental
Novos protestos nos EUA por morte de jovem negro alvejado por um polícia
Dezenas de pessoas congregaram-se nas últimas horas para protestar contra a morte de um jovem negro de 19 anos em Madison (Wisconsin), atingido a tiro pela polícia na sexta-feira à noite, informaram os 'media' locais.

Autor: Lusa/AO online

 

O chefe da polícia de Madison, Mike Koval, assegurou que o incidente será investigado e pediu contenção aos manifestantes.

Durante a noite, dezenas de pessoas reuniram-se no local do ocorrido alegando que o tiroteio foi injustificado e exibiram cartazes onde se podia ler "Parem as mortes por polícias racistas", segundo as imagens divulgadas pela comunicação social norte-americana.

Os manifestantes recorreram também ao slogan "A vida dos negros é importante", que surgiu depois das mortes no verão passado de Eric Garner, em Nova Iorque, e Michael Brown, em Ferguson (Missouri), dois afro-americanos desarmados que foram mortos por polícias brancos.

A polícia não revelou a identidade do jovem de Madison, mas os 'media' locais indicaram que se trata de Anthony Robinson, de 19 anos.

Os acontecimentos remontam a sexta-feira à noite (hora local) depois de a polícia ter sido alertada para o comportamento da vítima, por alegadamente ter perturbado o trânsito e agredido uma pessoa na rua, antes de se dirigir para um apartamento.

Um agente da polícia forçou a entrada no apartamento depois de receber uma chamada sobre ruídos suspeitos no interior, segundo Koval.

No interior houve uma luta entre ambos e "nesse contexto, o agente tirou a arma e disparou", disse Koval, sem precisar quantos tiros atingiram o jovem, que, aparentemente, estava desarmado.

"Não foi encontrada qualquer arma ou objeto desse natureza que pudesse ter sido utilizado" pela vítima, acrescentou.

O polícia tentou, de imediato, reanimar o jovem antes de ser transportado para o hospital, onde viria a morrer, relatou Koval.

O Departamento de Investigação Criminal está a investigar o ocorrido.

Este incidente ocorreu numa altura em que se assinalam os 50 anos da marcha pelos direitos cívicos em Selma, Alabama, onde hoje estará o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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