Autor: Lusa/AO online
O chefe da polícia de Madison, Mike Koval, assegurou que o incidente será investigado e pediu contenção aos manifestantes.
Durante a noite, dezenas de pessoas reuniram-se no local do ocorrido alegando que o tiroteio foi injustificado e exibiram cartazes onde se podia ler "Parem as mortes por polícias racistas", segundo as imagens divulgadas pela comunicação social norte-americana.
Os manifestantes recorreram também ao slogan "A vida dos negros é importante", que surgiu depois das mortes no verão passado de Eric Garner, em Nova Iorque, e Michael Brown, em Ferguson (Missouri), dois afro-americanos desarmados que foram mortos por polícias brancos.
A polícia não revelou a identidade do jovem de Madison, mas os 'media' locais indicaram que se trata de Anthony Robinson, de 19 anos.
Os acontecimentos remontam a sexta-feira à noite (hora local) depois de a polícia ter sido alertada para o comportamento da vítima, por alegadamente ter perturbado o trânsito e agredido uma pessoa na rua, antes de se dirigir para um apartamento.
Um agente da polícia forçou a entrada no apartamento depois de receber uma chamada sobre ruídos suspeitos no interior, segundo Koval.
No interior houve uma luta entre ambos e "nesse contexto, o agente tirou a arma e disparou", disse Koval, sem precisar quantos tiros atingiram o jovem, que, aparentemente, estava desarmado.
"Não foi encontrada qualquer arma ou objeto desse natureza que pudesse ter sido utilizado" pela vítima, acrescentou.
O polícia tentou, de imediato, reanimar o jovem antes de ser transportado para o hospital, onde viria a morrer, relatou Koval.
O Departamento de Investigação Criminal está a investigar o ocorrido.
Este incidente ocorreu numa altura em que se assinalam os 50 anos da marcha pelos direitos cívicos em Selma, Alabama, onde hoje estará o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.