Açoriano Oriental
Património
Novos monumentos nacionais em Lisboa e na Batalha
A portaria que classifica a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, o edifício sede e o parque da Fundação Calouste Gulbenkian, o Jardim Botânico de Lisboa e o campo da Batalha de Aljubarrota como monumentos nacionais foi esta terça-feira publicada.

Autor: Lusa/AO online
A decisão publicada em Diário da República culmina a decisão do Conselho de Ministros de 4 de Novembro que decidiu classificar aqueles edifícios como monumentos nacionais por considerá-los “património que representa um valor cultural de significado para o país”.

A Igreja do Sagrado Coração de Jesus, traçada pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, na rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa, foi distinguida com o Prémio Valmor 1975 e é um “um edifício de referência no âmbito da arquitectura portuguesa do século XX”, refere um comunicado do Conselho de Ministros daquela data.

Sobre o conjunto do edifício-sede e parque da Fundação Gulbenkian, em Palhavã, o Conselho de Ministros considera que “constitui uma obra de dimensão, programa e competência técnica excepcionais, de importância e significado referenciais na arquitectura nacional e internacional”. O projecto foi concebido pelos arquitectos Ruy Athouguia, Alberto Pessoa, Pedro Cid, Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto e foi também distinguido com o Prémio Valmor em 1975.

O Jardim da Faculdade de Ciências, também conhecido como da Politécnica, no Príncipe Real, começou a ser plantado em 1858 e “aparece ligado ao desenvolvimento e ao ensino das ciências naturais, especialmente da botânica”. O espaço foi idealizado pelos professores Francisco Manuel de Melo Breyner (Conde de Ficalho) e Andrade Corvo, e pelo trabalho dos jardineiros paisagistas Edmond Goeze e Jules Daveau.

O Jardim Botânico de Lisboa foi inaugurado em 1878 e conta com diversas espécies tropicais, oriundas da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul, “constituindo uma das mais valiosas colecções botânicas em Portugal”, refere o mesmo comunicado.

A Batalha de Aljubarrota, entre os exércitos português e castelhano num planalto entre a ponte do Boutaca, concelho da Batalha, a norte, e o Chão da Feira, concelho de Porto de Mós, a sul, no dia 14 de Agosto de 1385, “representa um momento decisivo de afirmação de Portugal como Reino independente, marcando o imaginário de muitas gerações”.

Acrescenta o mesmo texto que “a batalha foi igualmente pretexto para o desenvolvimento de uma tática militar inédita, apurada na Guerra dos 100 Anos e posta em prática por Nuno Álvares Pereira, de que é testemunho o complexo sistema defensivo, constituído por cerca de 800 covas de lobo e dezenas de fossos, posto a descoberto nas campanhas arqueológicas que decorrem desde 1958”.
PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados