Autor: Lusa/AO online
Na apresentação do Dia do Euromelanoma 2012, que decorrerá em Portugal no próximo dia 09 de maio, António Picoto mostrou-se satisfeito pelo avanço no tratamento daquelas duas doenças, para as quais não havia solução até agora, com o “aparecimento de novos fármacos biológicos de grande precisão terapêutica”.
“Em relação ao melanoma, os ensaios já estão a decorrer em Portugal no Instituto Português de Oncologia de Lisboa e no IPO do Porto, mas quando o ensaio terminar o medicamento terá de ser pago e isso preocupa-nos porque sabemos que o preço é muito elevado”, salientou.
“Isto é um problema político, não é uma coisa que dependa dos médicos. Acho que o problema tem de se pôr ao nível da União Europeia”, continuou António Picoto.
“A União Europeia tem-se sempre posto de lado em relação aos problemas de saúde, entrega aos Estados a resolução dos seus problemas de saúde”, disse.
“A investigação e chegada ao produto final invoca investimentos de grande volume, tendo de haver uma negociação a nível da UE com os próprios laboratórios, como aconteceu com a Sida, para tornar os medicamentos acessíveis, de modo a que todas as pessoas sejam iguais perante a doença”, defendeu o presidente da APCC.
De acordo com dados da Associação, “os números dos últimos anos são superiores a dez mil novos casos de cancro de pele anual” e só em relação ao melanoma têm aparecido cerca de mil novos casos todos os anos.
Segundo pesquisa da agência Lusa no sítio do laboratório farmacêutico Genentech, o medicamento para tratamento do melanoma, cuja substância ativa é vemurafenib, custa mensalmente, nos Estados Unidos, cerca de 9.400 dólares. Nos cerca de seis meses de duração do tratamento o custo total é de 56.400 dólares.
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