Autor: Rui Jorge Cabral
Segundo revelou ao Açoriano Oriental Pedro Garcia, técnico de divulgação científica do OASA, com este novo telescópio estão criadas as condições “para podermos ver objetos que o nosso olhar não alcança, ou pela pouca luz, ou porque estão mesmo fora da banda do visível”.
O novo telescópio do OASA permite não só apontar para objetos mais pequenos no céu, como também captar imagens desses mesmos objetos, pois tem uma máquina fotográfica associada e pode fixar esses objetos muito distantes através de longas exposições.
Pedro Garcia afirma que o novo telescópio vai autenticamente ‘fazer luz’ sobre uma série de objetos muito distantes e que estão fora da banda do visível com os telescópios tradicionais. “Já tivemos aqui pessoas a observar nebulosas como a Órion ou a galáxia de Andrómeda e reparavam no pouco que conseguíamos ver com os telescópios que tínhamos, menos do que as próprias pessoas já tinham visto pela internet”, refere Pedro Garcia.
O OASA abre sempre as suas portas ao público em geral e sem marcação em todas as primeiras sextas-feiras do mês e o técnico de divulgação científica nota nas pessoas que frequentam o Observatório nessas noites que “vêm sempre à espera de ficarem fascinadas com a Astronomia”, o que acontece com frequência e tem levado as pessoas a voltarem novamente na busca de fazerem novas observações dos astros.
Claro que para os leigos são os planetas do sistema solar e mesmo a Lua, que todos vemos à vista desarmada em noites de céu limpo, o que as pessoas mais esperam ver numa primeira experiência ao telescópio.
“Sempre que temos Júpiter ou Saturno, temos a noite garantida”, revela Pedro Garcia, para quem “até a Lua, que está sempre tão presente, também gera fascínio quando é possível ver os seus mares e as suas crateras”.
Com o novo telescópio pretende-se ver para além do sistema solar, num equipamento onde nem é possível fazer a observação direta, mas sim através das imagens que o telescópio capta e que são depois processadas por computador. Para Pedro Garcia, “esta acaba por ser uma ferramenta nova que temos, pois podemos projetar as imagens para todas as pessoas verem e acompanhar melhor alguns fenómenos”, conclui.
O OASA tem tido mais de 10 mil visitas por ano.