Açoriano Oriental
Novo marcador genético promete melhorar combate à tuberculose
A descoberta de um novo marcador genético pode vir a ajudar a prever, através de análises ao sangue, que portadores de tuberculose vão efetivamente desenvolver a doença, revela um estudo publicado na revista Nature.

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com a pesquisa, desenvolvida por uma equipa do Instituto Nacional de Investigação Médica de Londres, dirigida pela investigadora Anne O'Garra, a descoberta deste novo marcador poderá também vir a permitir a elaboração de novas vacinas e tratamentos que ajudem a combater a enfermidade.

Os investigadores recordam, no artigo, que apenas uma em cada dez pessoas infetadas desenvolve a doença e sofre sintomas e que, enquanto a doença está em estado latente, o portador não transmite a bactéria aos outros.

Atualmente, uma análise ao sangue ou à pele permite revelar a infeção latente com Mycobacterium tuberculosis (MTb), mas ainda não há forma de identificar quem irá, potencialmente, desenvolver a doença em algum momento da vida, convertendo-se, então, num novo foco de infeção.

A novidade deste estudo é que se encontrou no sangue de pacientes com a doença na fase ativa "a marca genética" indicativa da sua suscetibilidade para a desenvolver.

A mesma marca de ADN foi encontrada no sangue de aproximadamente dez por cento dos pacientes com a infeção em estado latente e que, posteriormente, vieram a manifestá-la.

Os autores da investigação acreditam que, sabendo-se que pacientes apresentam risco de vir a desenvolver a tuberculose, os médicos podem administrar, a priori, um tratamento preventivo eficaz, reduzindo o número de casos da doença na sua forma ativa e infecciosa.

"Embora se tenha estudado a tuberculose durante mais de um século, há ainda uma necessidade desesperada de melhores meios de diagnóstico e de mais informação sobre a resposta à infeção", destacou Anna O'Garra.

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