Açoriano Oriental
Nove meses depois do temporal no Oeste 80% das estufas estão reconstruídas
Mais de metade das estufas estão reconstruídas, nove meses depois do mau tempo na região Oeste que causou 30 milhões de prejuízos ao setor agrícola, revelou a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.

Autor: Lusa / AO online

“A reconstrução está bastante avançada, já que estamos com 75 a 80 por cento das estufas reconstruídas”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.

“Durante setembro e outubro, os projetos vão dar um grande passo, esperando-se que até ao fim do ano 90 por cento dos projetos estejam concluídos”, disse.

Apesar das obras concluídas, os pagamentos das ajudas por parte do Ministério da Agricultura estão mais atrasados mas por culpa dos agricultores que “estão neste momento a entregar os comprovativos das despesas realizadas para receber” o dinheiro financiado.

Dos 30 milhões de prejuízos em cerca de seiscentos hectares de estufas, o Ministério da Agricultura aprovou 480 candidaturas disponibilizando uma verba de 14,5 milhões de euros, dos quais apenas 4,8 milhões foram entregues, segundo fonte da tutela.

De acordo com o dirigente, “um terço dos agricultores já recebeu o dinheiro correspondente aos pedidos de adiantamento de metade do financiamento da ajuda”, mas ainda não entregou comprovativos para fazer o pedido para receber o restante da ajuda.

“Desde abril que tem havido uma boa resposta do Ministério com prazos de 15 dias de resposta”, acrescentou, sublinhando que as ajudas “foram um importante balão de oxigénio” para grande parte dos agricultores conseguir repor os prejuízos do temporal.

“Tivemos casos em que esta oportunidade de reconstruir estufas trouxe um novo ânimo para continuar a atividade por parte de alguns agricultores”, adiantou, acrescentando que houve igualmente casos de produtores que também ampliaram a sua área de produção.

Os estragos deixados pelo mau tempo na madrugada de dia 23 em sete concelhos do distrito de Lisboa custaram ao país cerca de 63 milhões de euros, de acordo com as estimativas dos prejuízos efetuadas na altura pelos municípios de Alenquer, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

O concelho de Torres Vedras foi o mais afetado pelo mau tempo, que deixou um rasto de destruição sobretudo no setor agrícola, com estufas deitadas ao chão ou parcialmente destruídas, pondo em causa a economia da fileira hortícola.

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