Autor: Lusa/AO Online
"A Venezuela não se mete com ninguém, para receber estas agressões e ameaças, promovidas por uma direita apátrida. Há que ser bem traidor da pátria para pedir sanções e uma intervenção militar contra o seu próprio país, como a oposição venezuelana faz", disse.
Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, numa reunião de trabalho com membros do seu gabinete, durante a qual sublinhou que as sanções contra a principal empresa venezuelana "violam a legalidade internacional, a Carta das Nações Unidas e simplesmente ratificam um caminho imperial de agressão contra a Venezuela".
"Há que iniciar um julgamento, por traição à pátria, a todos os que têm bilhete de identidade venezuelano e pedem que nos bombardeiem. Pedi ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça (Mikel Moreno) e à presidente da Assembleia Constituinte (Delcy Rodríguez) que iniciem um julgamento histórico por traição à pátria a todos os que pediram estas sanções económicas que foram anunciadas hoje", disse.
O Presidente da Venezuela acusou Júlio Borges, líder do Primeiro Justiça (partido opositor) e presidente do parlamento venezuelano (onde a oposição detém a maioria), de ser o principal promotor de ataques económicos e financeiros dos EUA contra a Venezuela.
Segundo o Governo venezuelano, Júlio Borges, reuniu-se, em várias ocasiões, com porta-vozes do governo norte-americano.
A Casa Branca impôs na sexta-feira novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional.
"Não ficaremos imóveis perante o desmoronamento da Venezuela", disse a Casa Branca num comunicado que anunciava as sanções.