Para manter os custos baixos, os engenheiros vão socorrer-se dos desenhos técnicos da “Curiosity”, construir a partir peças sobresselentes e usar tecnologia já comprovada, como o sistema utilizado para fazer a aterragem da sonda em agosto, numa cratera de Marte.

"Se agirmos agora, podemos construir ao menor preço possível", disse em entrevista John Grunsfeld, chefe de ciências da NASA.

Tal como com a “Curiosity”, a missão será também gerida pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, mas muitos outros detalhes ainda precisam de ser trabalhados como especificar onde a sonda irá aterrar e que instrumentos ele vai levar para a superfície.

Enquanto os objetivos científicos são ainda difusos, a NASA já veio dizer que a sonda deveria pelo menos ser um pontapé de saída para trazer para a Terra amostras de solo e rochas de Marte, algo que o “Curiosity” não tem capacidade para fazer.

Ainda que a aterragem da sonda em Marte tenha sido calma, o caminho para a sua construção foi atribulado, ao ultrapassar os 2,5 biliões de dólares, com derrapagem de tempo e de orçamento.

Jim Green, diretor da divisão de Ciência Planetária da NASA, assegurou que os obstáculos de engenharia foram corrigidos e que espera que a nova sonda tenha um custo menor.

Uma estimativa independente coloca a missão em 1,5 biliões de dólares, embora a NASA esteja a trabalhar nos seus próprios números.