À hora de ponta, a caravana laranja ia dando espaço para o trânsito circular na estreita rua, onde Berta Cabral encontrou NatáliaSilva. A candidata entrou em casa da orgulhosa senhora que exibia fotografias de Berta Cabral na parede da cozinha. "Tenho um livro de quando a senhora era pequenita", recorda.

O livro é o manifesto eleitoral que Berta Cabral apresentou há oito anos, na campanha para o primeiro mandato. "Eu nunca desprezo nada do meuPSD".

Berta Cabral confessa que nem ela próprio tem "o livro" e folheia com carinho: "olha, eu com os meus filhos, com o meu cão, oSquash. Que engraçado".

A caravana seguiu até à Matriz onde a candidata se mostrou confiante numa vitória no próximo domingo, dada a "mobilização e alegria com que as pessoas nos recebem".

Apesar disso, continua a apelar ao voto "para baixar a abstenção", e porque é na Assembleia Municipal que estão representadas todas as Juntas de Freguesia "apelo a que escolham os nossos candidatos, que são os melhores, e os melhores projectos, para continuarmos mais quatro anos em progresso".

Desta forma Berta Cabral salienta que uma "grande vitória para os Açores em geral", depende dos açorianos. E deixa o conselho: "não se deixem enganar por promessas vãs de última hora, como ainda aconteceu [ontem] o presidente do governo emSanta Maria fazer, a três dias de eleições o que em 30 anos não cumpriu".

A candidata laranja a Ponta Delgada confessa que "os açorianos não querem pôr os ovos todos no mesmo cesto", referindo-se ao Governo da República, ao Governo Regional e às autarquias. Por isso, apesar do candidato socialista dizer que Berta Cabral não será uma presidente a tempo inteiro, se for eleita, a candidata revela que isso só quer dizer uma coisa: "que vou ganhar dia 11 e depois que vou ganhar em 2012, e se for assim os açorianos passam a ter-me como presidente do governo, que é também presidente de Ponta Delgada", reafirma Berta Cabral.