Autor: Lusa/Açoriano Oriental
Numa conferência de imprensa à margem do 10.º Fórum para o Futuro da Agricultura, em Bruxelas, Annan disse que o Presidente norte-americano, Donald Trump, "pode não aceitar as alterações climáticas, mas o mundo em Paris aceitou-o e uniu-se com um projeto", que ficou plasmado no acordo de Paris.
"Os EUA irão retirar-se, talvez devido às políticas do Presidente Trump, ou irão pôr um travão (...) mas o resto do mundo continuará", afirmou o Prémio Nobel da Paz, sublinhando que alguns Estados, como a Califórnia, se distinguem do ceticismo da nova administração norte-americana.
O envolvimento da China, que segundo Annan responde a uma exigência popular, é essencial.
"Qual é o interesse da prosperidade económica quando não podemos respirar", questionou-se Annan.
O ganês, que atualmente dirige a sua própria fundação, defende que os desafios que o mundo enfrenta - a fome, a pobreza, a malnutrição, os danos ambientais e as alterações climáticas - estão todos interligados e apelou a um “papel positivo" da agricultura no mundo.